Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd AustinAFP
Publicado 11/02/2024 20:38
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, cujas hospitalizações secretas têm causado polêmica, foi internado novamente em um hospital, anunciou o Pentágono neste domingo (11), acrescentando que a Casa Branca foi informada.
Austin, que foi diagnosticado com câncer de próstata e recentemente passou por uma cirurgia, foi transferido para um centro militar nos arredores de Washington devido a um problema aparente na bexiga, informou em comunicado o porta-voz do Departamento de Defesa, Pat Ryder.
Austin desapareceu da cena pública no final de dezembro e novamente no início de janeiro, após enfrentar complicações no tratamento do câncer em 22 de dezembro, inicialmente ocultando tanto o diagnóstico quanto o tratamento do presidente Joe Biden e do restante do governo.
Desta vez, o público foi alertado cerca de duas horas depois que Austin foi levado ao hospital, neste domingo à tarde.
Austin "foi transferido por sua equipe de segurança para o Centro Médico Militar Nacional Walter Reed para ser tratado por sintomas que sugeriam um problema emergente na bexiga", disse Ryder no comunicado.
"O subsecretário de Defesa e o chefe do Estado-Maior Conjunto foram informados. Além disso, notificações foram feitas à Casa Branca e ao Congresso", acrescentou.
Austin manterá "as funções e obrigações de seu cargo" enquanto estiver hospitalizado, disse o porta-voz.
O secretário de Defesa pediu desculpas no início deste mês depois de receber duras críticas políticas por ter mantido em segredo as hospitalizações anteriores.
"Deveria ter informado o presidente sobre meu diagnóstico de câncer", disse aos repórteres em 1º de fevereiro.
Naquela época, ele disse que ainda estava se recuperando, que suas pernas doíam e que usava um carrinho de golfe para se locomover dentro do Pentágono.
As ausências não reveladas, bem como a atual estadia no hospital, ocorrem em um momento em que os Estados Unidos enfrentam uma espiral de crises no Oriente Médio, com as forças americanas no Iraque e na Síria enfrentando ataques quase diários de combatentes apoiados pelo Irã em retaliação ao forte apoio de Washington a Israel.
Austin também é uma figura importante nos esforços da administração Biden para manter o apoio à luta da Ucrânia contra a invasão russa, já que os congressistas republicanos se recusam a autorizar novos fundos para ajuda militar a Kiev.
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