Publicado 12/02/2024 11:47
O Ministério das Relações Exteriores britânico anunciou nesta segunda-feira (12) sanções contra quatro "colonos extremistas" israelenses que "atacaram violentamente" os palestinos na Cisjordânia.
As sanções resultarão em "restrições financeiras e de viagens, a fim de combater a persistente violência dos colonos que ameaça a estabilidade da Cisjordânia", afirmou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
"Israel deve tomar medidas mais fortes e pôr fim à violência dos colonos", declarou o chefe da diplomacia britânica, David Cameron, citado no texto.
Esta decisão britânica apoia a medida tomada em 1º de fevereiro pelos Estados Unidos, que impôs sanções a um grupo de colonos judeus acusados de violência contra civis palestinos na Cisjordânia.
A violência dos colonos judeus atingiu "níveis intoleráveis", escreveu então o presidente dos EUA, Joe Biden, na sua ordem executiva.
Entre os quatro colonos sancionados pelo Reino Unido está Moshe Sharvit, descrito no comunicado como um "extremista que ameaçou, assediou e agrediu pastores palestinos e suas famílias".
Outro dos sancionados, Yinon Levy, o único incluído na sua lista pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos, é acusado de liderar um grupo de colonos "que usaram a violência física e a destruição de propriedades para deslocar comunidades palestinas".
O Reino Unido também incluiu o nome de Zvi Bar Yosef, descrito pelos moradores palestinos como uma "fonte de intimidação e violência sistemática".
A quarta pessoa sancionada pelo Reino Unido é Ely Federman, envolvido em múltiplos incidentes contra pastores palestinos, segundo o ministério britânico.
A Cisjordânia, um território palestino ocupado desde 1967 por Israel, tem sido abalada por uma violência renovada desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de Outubro.
Cerca de 490 mil colonos vivem entre cerca de três milhões de palestinos na Cisjordânia, em colonatos considerados ilegais pelo direito internacional.
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