Publicado 16/02/2024 18:26
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, assinou, nesta sexta-feira (16), acordos de segurança separados com a Alemanha e a França, em um momento em que seu exército enfrenta dificuldades para repelir a invasão russa e a ajuda dos Estados Unidos está congelada.
Em uma viagem europeia, marcada pelo anúncio da morte na prisão do opositor russo Alexei Navalny, Zelensky assinou esses acordos cruciais para a segurança de seu país com o chefe de governo alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron.
No pacto com a França, com "duração de 10 anos", Paris se compromete a fornecer "até 3 bilhões de euros" (16 bilhões de reais) em ajuda militar "adicional" para Kiev, após 1,7 bilhão de euros em 2022 e 2,1 bilhões em 2023. Paris menciona especialmente cooperação em "artilharia".
O acordo prevê "o fornecimento de assistência global à Ucrânia" para "restaurar sua integridade territorial dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas", "dissuasão ativa e medidas a serem tomadas diante de qualquer nova agressão" da Rússia, bem como "apoio" à adesão de Kiev à União Europeia e à "interoperabilidade com a Otan".
De Berlim, Scholz, por sua vez, qualificou como "histórico" o acordo de segurança assinado com Zelensky para apoiar seu país "pelo tempo que for necessário", quando a Ucrânia se prepara para entrar, neste mês, no terceiro ano de guerra contra a Rússia.
"Hoje enviamos uma mensagem muito clara ao presidente russo: não vamos relaxar nosso apoio à Ucrânia", advertiu o líder alemão.
O texto alemão prevê um auxílio militar adicional e imediato de 1,1 bilhão de euros (5,89 bilhões de reais), que faz parte dos 7 bilhões de euros (37,5 bilhões de reais) de apoio já anunciados pela Alemanha para 2024.
Berlim também pretende apoiar a Ucrânia após a guerra, para que possa ter um exército moderno capaz de se defender de futuros ataques russos.
Essa visita diplomática é crucial para Zelensky, em especial porque a situação se deteriorou na frente ucraniana e suas forças armadas precisam de soldados, armas e munições.
Além disso, os legisladores republicanos bloqueiam há semanas uma ajuda a Kiev de 60 bilhões de dólares (298 bilhões de reais) dos Estados Unidos.
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