Publicado 20/02/2024 10:31
O opositor russo Ilya Yashin, condenado a oito anos e meio de prisão por denunciar a ofensiva de seu país contra a Ucrânia, prometeu continuar a luta contra Vladimir Putin, convencido de que o presidente russo "ordenou" a morte de Alexei Navalny.
"Enquanto meu coração bater, lutarei contra a tirania. Enquanto viver, não temerei o mal. Enquanto respirar, estarei ao lado do meu povo", escreveu Yashin em uma carta publicada na terça-feira (20) por seu entorno nas redes sociais.
O opositor disse estar "convencido" de que Putin "ordenou" a morte de Navalny, que era um velho amigo. "Não somente o matou, mas o fez de forma demonstrativa. Especialmente antes das eleições (presidenciais russas em meados de março) para que ninguém duvidasse da implicação de Putin", afirmou.
"Para Putin, é assim que se afirma o poder: com assassinatos, crueldade e uma vingança reveladora. Esta maneira de pensar não é a de um homem de Estado. É a de um chefe de quadrilha", continuou.
Yashin, de 40 anos, foi condenado em abril de 2023, em apelação, a oito anos e meio de prisão por denunciar "o assassinato de civis" na cidade ucraniana de Bucha, perto de Kiev.
Foi transferido em novembro para uma colônia penal no oeste da Rússia. "A dor e o horror são insuportáveis. Apesar disso tudo, não me calarei", escreveu em sua mensagem.
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