Publicado 21/02/2024 09:17
O Rio de Janeiro irá receber representantes do G20 nesta quarta-feira (21) e quinta-feira (22). Os líderes mundiais irão discutir sobre as guerras Israel-Hamas e Rússia-Ucrânia. Por conta disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisará contornar a crise diplomática causada após uma fala comparando a conduta de Israel na guerra com o Holocausto.
Na ocasião, o chefe de Estado disse que ''na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio", em entrevista a jornalista na Etiópia, no último domingo (18). A fala fez com que o presidente fosse considerado persona non grata em Israel, gerando tensões com o país.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a comparação estava ''cruzando uma linha vermelha''. As comparações feitas por Lula foram apontadas como problemáticas por entidades especializadas na preservação da memória do Holocausto.
Na reunião do G20, estão presentes representantes dos 19 países-membro, além de dois blocos econômicos. São eles: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos, União Europeia e União Africana.
O chefe de diplomacia dos EUA, Antony Blinken, estará no evento. O país norte-americano, apesar de não concordar com todos os pontos, é aliado dos israelenses. Os estadunidenses já afirmaram que não concordam com a declaração brasileira comparando a guerra atual ao genocídio na segunda guerra.
As reuniões estão previstas para acontecer na Marina da Glória e no Palácio da Cidade. Os debates acontecem das 14h às 18h30, na quarta-feira, e de 8h às 13h, na quinta-feira.
O que foi o Holocausto
Holocausto é o nome do genocídio cometido pelo regime da Alemanha Nazista de 1933 a 1945, ao longo da Segunda Guerra Mundial. Seis milhões de judeus de toda a Europa foram mortos. Os nazistas também exterminaram ciganos, homossexuais e testemunhas de Jeová. Os judeus usam o termo "Shoah", que significa catástrofe em hebraico para se referir ao período.
A principal motivação foi a ideologia antissemita do regime nazista liderado por Adolf Hitler. Entre 1933 e 1941, o regime retirou todos os direitos da comunidade judaica e os judeus não podiam ter propriedade.
Eles tinham que andar com uma marca identificando-os como judeus e ficaram concentrados em guetos em diversas cidades da Europa, antes de serem deportados para campos de concentração como Auschwitz e Treblinka, na Polônia, no que seria considerada como a "solução final" dos nazistas para exterminar os judeus.
Nos campos de concentração e trabalho, os judeus eram obrigados a fazer trabalhos forçados e também foram vítimas de extermínios em massa com o uso de câmaras de gás.
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