Ex-presidente americano Donald J. TrumpAFP
Publicado 28/02/2024 18:54
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ofereceu pagar uma fiança que cobre apenas US$ 100 milhões dos mais de US$ 355 milhões da multa imposta pelo juiz que conduziu seu caso por fraude civil, segundo um documento judicial revelado nesta quarta-feira (28).
A medida levanta a possibilidade de que Trump, que se destacou publicamente como empresário do setor imobiliário em Nova York antes de entrar na política, tenha que vender algumas de suas propriedades emblemáticas para cobrir a multa se sua apelação em curso falhar.
Foi solicitado a Trump que fixasse uma fiança para lidar com a sentença proferida em 16 de fevereiro, que indicou que ele manipulou o valor de suas propriedades para obter juros mais favoráveis em empréstimos e seguros.
A fiança é uma garantia de que ele pagará qualquer penalidade que lhe seja imposta caso sua apelação falhe, e normalmente seria subscrita por uma seguradora ou empresa de fianças especializada.
Trump, que provavelmente será o candidato presidencial republicano nas eleições de novembro, também foi proibido de dirigir negócios no estado de Nova York por três anos e de solicitar empréstimos a instituições sediadas lá.
Em vez de apresentar uma garantia pelo total de US$ 355 milhões (R$ 1,76 bilhão, na cotação atual), mais juros consideráveis, os advogados de Trump pediram à Divisão de Apelações da Suprema Corte de Nova York "uma fiança no valor de 100 milhões de dólares [R$ 495,5 milhões]".
O documento afirma que as "vastas" propriedades imobiliárias de Trump "seriam suficientes por si só para garantir adequadamente qualquer sentença confirmada".
"A fiança simplesmente serviria como garantia adicional", segundo a defesa do ex-presidente.
Os advogados de Trump passaram a descrever a decisão original do juiz Arthur Engoron como "exorbitante e punitiva".
"A proibição total e ilegal de Engoron sobre transações de empréstimos tornaria impossível assegurar e pagar uma fiança completa", disseram.
Trump, que enfrenta 91 acusações criminais em outros casos, tem usado seus problemas legais para animar seus apoiadores e denunciar seu provável rival, o presidente Joe Biden, afirmando que os processos são "apenas uma forma" de prejudicá-lo nas eleições.
Trump atacou repetidamente o juiz Engoron durante o desenvolvimento deste processo, acusando-o de estar "fora de controle".
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