Publicado 01/03/2024 10:45
A condenação internacional era unânime nesta sexta-feira, 1, depois que soldados israelenses abriram fogo em Gaza contra uma multidão desesperada de fome que avançou na direção de um comboio de ajuda humanitária, um incidente caótico que deixou mais de 110 mortos, segundo o grupo islamista Hamas.
Segundo a ONU, 2,2 milhões dos 2,4 milhões de habitantes do pequeno território palestino cercado por Israel estão ameaçados pela fome, após quase cinco meses de conflito, que provocou mais de 30.000 mortes.
Na quinta-feira, fontes médicas e testemunhas afirmaram que soldados israelenses atiraram contra uma multidão faminta que cercou um comboio de ajuda humanitária no norte de Gaza. Segundo o Hamas, que governa o território desde 2007, 112 pessoas morreram e 760 ficaram feridas.
Uma fonte do Exército israelense confirmou "disparos limitados" por parte de soldados que se sentiram "ameaçados" e descreveu um "tumulto durante o qual morreram e ficaram feridos dezenas de habitantes, alguns deles atropelados pelos caminhões de ajuda".
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu que a tragédia complica as negociações para um cessar-fogo na guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas. Washington exigiu "respostas" de Israel após a tragédia de quinta-feira e pediu uma "investigação exaustiva".
No mesmo sentido, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediram uma análise do incidente.
'Um ato bárbaro e brutal'
Alemanha e França também pediram uma investigação. Itália e Espanha afirmaram que uma trégua é "urgente". A China pediu um "cessar-fogo" e a garantia de entrega de ajuda humanitária a Gaza.
A Arábia Saudita, peso pesado do mundo árabe, condenou "os ataques das forças de ocupação contra civis indefesos". A Liga Árabe criticou um "ato bárbaro e brutal que despreza totalmente a vida humana".
O Catar, um dos principais mediadores na guerra, pediu uma "ação internacional para acabar de maneira imediata com a agressão (israelense)".
O Conselho de Segurança se reuniu em caráter de urgência na quinta-feira, a portas fechadas, depois que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, se declarou em "choque" com a tragédia e pediu uma "investigação independente eficaz".
Segundo o Hamas e várias testemunhas, os militares israelenses posicionados para proteger o comboio atiraram contra a multidão que correu em direção aos veículos.
Novos bombardeios israelenses
A Arábia Saudita, peso pesado do mundo árabe, condenou "os ataques das forças de ocupação contra civis indefesos". A Liga Árabe criticou um "ato bárbaro e brutal que despreza totalmente a vida humana".
O Catar, um dos principais mediadores na guerra, pediu uma "ação internacional para acabar de maneira imediata com a agressão (israelense)".
O Conselho de Segurança se reuniu em caráter de urgência na quinta-feira, a portas fechadas, depois que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, se declarou em "choque" com a tragédia e pediu uma "investigação independente eficaz".
Segundo o Hamas e várias testemunhas, os militares israelenses posicionados para proteger o comboio atiraram contra a multidão que correu em direção aos veículos.
Novos bombardeios israelenses
Durante a noite foram registrados novos bombardeios israelenses contra Gaza, em particular em Khan Yunis e Rafah, no sul do território, onde milhares pessoas buscaram refúgio.
Também foram registrados confrontos entre soldados israelenses e combatentes do Hamas na Cidade de Gaza e Khan Yunis, segundo testemunhas.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, nas últimas 24 horas morreram pelo menos 193 pessoas, o que eleva o número de vítimas na guerra a 30.228 mortos.
O conflito começou em 7 de outubro, quando milicianos islamistas assassinaram 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram mais de 250 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades israelenses.
Uma trégua de uma semana no fim de novembro permitiu a troca de mais de 100 reféns por 240 presos palestinos. Israel calcula que 130 pessoas permanecem em cativeiro, incluindo 30 que teriam sido mortas.
Em resposta, Israel iniciou uma operação aérea e terrestre para "aniquilar" o Hamas, movimento que o país, assim como Estados Unidos e UE, classifica como organização "terrorista".
Israel impôs um cerco total à Faixa de Gaza, o que impede a entrada de alimentos, água, medicamentos e combustível.
Catar, Estados Unidos e Egito tentam negociar um acordo para uma trégua de seis semanas, que incluiria a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos e a entrada em Gaza de grandes volumes de ajuda.
Após a tragédia de quinta-feira, Biden disse que "provavelmente" não haverá acordo antes do início do Ramadã, que começa em 10 ou 11 de março, como ele havia imaginado.
Também foram registrados confrontos entre soldados israelenses e combatentes do Hamas na Cidade de Gaza e Khan Yunis, segundo testemunhas.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, nas últimas 24 horas morreram pelo menos 193 pessoas, o que eleva o número de vítimas na guerra a 30.228 mortos.
O conflito começou em 7 de outubro, quando milicianos islamistas assassinaram 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram mais de 250 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades israelenses.
Uma trégua de uma semana no fim de novembro permitiu a troca de mais de 100 reféns por 240 presos palestinos. Israel calcula que 130 pessoas permanecem em cativeiro, incluindo 30 que teriam sido mortas.
Em resposta, Israel iniciou uma operação aérea e terrestre para "aniquilar" o Hamas, movimento que o país, assim como Estados Unidos e UE, classifica como organização "terrorista".
Israel impôs um cerco total à Faixa de Gaza, o que impede a entrada de alimentos, água, medicamentos e combustível.
Catar, Estados Unidos e Egito tentam negociar um acordo para uma trégua de seis semanas, que incluiria a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos e a entrada em Gaza de grandes volumes de ajuda.
Após a tragédia de quinta-feira, Biden disse que "provavelmente" não haverá acordo antes do início do Ramadã, que começa em 10 ou 11 de março, como ele havia imaginado.
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