Publicado 03/03/2024 16:27
As negociações foram retomadas neste domingo (3) no Egito para alcançar uma trégua entre Israel e o Hamas durante o Ramadã em Gaza, onde persistem os bombardeios israelenses e a população palestina está à beira da fome.
Delegações do movimento terrorista palestino Hamas, do Catar e dos Estados Unidos estão na capital egípcia para iniciar "uma nova rodada de negociações". Os enviados do Hamas precisam decidir sobre a proposta apresentada em Paris no final de janeiro, disse uma fonte próxima do grupo palestino.
Esta proposta dos países mediadores – Catar, Estados Unidos e Egito – consiste em uma pausa de seis semanas nos combates e na libertação de 42 reféns em troca de prisioneiros palestinos em Israel.
O objetivo é chegar a uma trégua antes do início do mês de jejum muçulmano, que começará em 10 ou 11 de março.
"A princípio, os israelenses aceitaram os elementos do acordo", disse um alto funcionário dos EUA no sábado, embora Israel não tenha confirmado.
Um acordo poderia ser assinado "dentro de 24 ou 48 horas" se Israel "aceitar as exigências do Hamas, que incluem o retorno dos palestinos deslocados ao norte de Gaza e o aumento da ajuda humanitária", disse neste domingo um alto líder do movimento islamista à AFP, em condição de anonimato.
Israel, que até agora não anunciou a sua intenção de se unir às negociações no Egito, exige que o Hamas lhe forneça uma lista dos 130 reféns que continuam retidos em Gaza, entre eles mais de 30, que acredita terem morrido em cativeiro.
14 membros de uma família
Delegações do movimento terrorista palestino Hamas, do Catar e dos Estados Unidos estão na capital egípcia para iniciar "uma nova rodada de negociações". Os enviados do Hamas precisam decidir sobre a proposta apresentada em Paris no final de janeiro, disse uma fonte próxima do grupo palestino.
Esta proposta dos países mediadores – Catar, Estados Unidos e Egito – consiste em uma pausa de seis semanas nos combates e na libertação de 42 reféns em troca de prisioneiros palestinos em Israel.
O objetivo é chegar a uma trégua antes do início do mês de jejum muçulmano, que começará em 10 ou 11 de março.
"A princípio, os israelenses aceitaram os elementos do acordo", disse um alto funcionário dos EUA no sábado, embora Israel não tenha confirmado.
Um acordo poderia ser assinado "dentro de 24 ou 48 horas" se Israel "aceitar as exigências do Hamas, que incluem o retorno dos palestinos deslocados ao norte de Gaza e o aumento da ajuda humanitária", disse neste domingo um alto líder do movimento islamista à AFP, em condição de anonimato.
Israel, que até agora não anunciou a sua intenção de se unir às negociações no Egito, exige que o Hamas lhe forneça uma lista dos 130 reféns que continuam retidos em Gaza, entre eles mais de 30, que acredita terem morrido em cativeiro.
14 membros de uma família
No terreno, houve bombardeios noturnos nas cidades de Khan Yunis e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo um correspondente da AFP.
O Hamas, no poder em Gaza desde 2007, indicou que também houve disparos de artilharia contra Jabaliya, Beit Hanun, Zeitun e Tal Al Hawa, no norte.
Em quase cinco meses de guerra, as operações militares em retaliação ao ataque sem precedentes do Hamas em Israel, em 7 de outubro, deixaram 30.410 mortos na Faixa, a maioria civis, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do território.
No ataque dos comandos do Hamas em solo israelense, cerca de 1.160 pessoas morreram, principalmente civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados israelenses. Os islamistas sequestraram cerca de 250 pessoas, das quais 130 ainda estão detidas em Gaza, segundo as autoridades israelenses.
O Exército israelense anunciou neste domingo a morte de um de seus soldados em Gaza, o que aumenta para 246 o número de militares mortos desde o início das operações terrestres em 27 de outubro.
O governo do Hamas indicou neste domingo que nas últimas 24 horas 90 pessoas morreram em Gaza, 14 delas membros da mesma família, em um bombardeio que destruiu a sua casa em Rafah.
Entre os falecidos estão dois bebês gêmeos, Naim e Wisam, de apenas alguns meses.
Shehda Abu Anza, sobrinho da família, disse à AFP que só havia civis na casa.
"Havia talvez mais de 15 crianças na casa de quatro andares", que foi completamente destruída, disse ele.
O conflito também causou uma catástrofe humanitária e a fome é "quase inevitável" para 2,2 milhões de pessoas, a grande maioria da população de Gaza, segundo Jens Laerke, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O Ministério da Saúde do Hamas relatou a morte de 16 crianças por "desnutrição e desidratação" nos últimos dias.
O papa Francisco apelou neste domingo para garantir o "acesso seguro" à ajuda humanitária para a população de Gaza, e o Conselho de Segurança da ONU pediu que a sua entrega "em grande escala" fosse permitida, sem obstáculos.
Investigação preliminar
O Hamas, no poder em Gaza desde 2007, indicou que também houve disparos de artilharia contra Jabaliya, Beit Hanun, Zeitun e Tal Al Hawa, no norte.
Em quase cinco meses de guerra, as operações militares em retaliação ao ataque sem precedentes do Hamas em Israel, em 7 de outubro, deixaram 30.410 mortos na Faixa, a maioria civis, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do território.
No ataque dos comandos do Hamas em solo israelense, cerca de 1.160 pessoas morreram, principalmente civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados israelenses. Os islamistas sequestraram cerca de 250 pessoas, das quais 130 ainda estão detidas em Gaza, segundo as autoridades israelenses.
O Exército israelense anunciou neste domingo a morte de um de seus soldados em Gaza, o que aumenta para 246 o número de militares mortos desde o início das operações terrestres em 27 de outubro.
O governo do Hamas indicou neste domingo que nas últimas 24 horas 90 pessoas morreram em Gaza, 14 delas membros da mesma família, em um bombardeio que destruiu a sua casa em Rafah.
Entre os falecidos estão dois bebês gêmeos, Naim e Wisam, de apenas alguns meses.
Shehda Abu Anza, sobrinho da família, disse à AFP que só havia civis na casa.
"Havia talvez mais de 15 crianças na casa de quatro andares", que foi completamente destruída, disse ele.
O conflito também causou uma catástrofe humanitária e a fome é "quase inevitável" para 2,2 milhões de pessoas, a grande maioria da população de Gaza, segundo Jens Laerke, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O Ministério da Saúde do Hamas relatou a morte de 16 crianças por "desnutrição e desidratação" nos últimos dias.
O papa Francisco apelou neste domingo para garantir o "acesso seguro" à ajuda humanitária para a população de Gaza, e o Conselho de Segurança da ONU pediu que a sua entrega "em grande escala" fosse permitida, sem obstáculos.
Investigação preliminar
O fornecimento de ajuda por via terrestre, que depende da autorização israelense, entra em Gaza a conta-gotas, principalmente através de Rafah, a partir do Egito.
Confrontados com dificuldades na entrega de ajuda por estrada ao enclave, sitiado por Israel, os Estados Unidos lançaram no sábado um primeiro envio de alimentos, com 38 mil refeições alimentares.
Os combates, os bombardeios israelenses, os detritos nas estradas e, por vezes, os saques tornam muito perigoso levar ajuda para o norte da Faixa.
Uma distribuição de alimentos na Cidade de Gaza terminou em tragédia na quinta-feira, depois que soldados israelenses abriram fogo contra uma multidão que avançava contra os caminhões.
Segundo o Hamas, 118 pessoas morreram e 760 ficaram feridas.
A investigação preliminar "indicou que após os disparos de advertência para dispersar a debandada [...] vários saqueadores se aproximaram das forças e criaram uma ameaça imediata" aos soldados, disse neste domingo o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari.
Uma equipe da ONU disse ter encontrado um "grande número" de ferimentos a bala em um hospital da cidade onde muitas das vítimas foram internadas.
Confrontados com dificuldades na entrega de ajuda por estrada ao enclave, sitiado por Israel, os Estados Unidos lançaram no sábado um primeiro envio de alimentos, com 38 mil refeições alimentares.
Os combates, os bombardeios israelenses, os detritos nas estradas e, por vezes, os saques tornam muito perigoso levar ajuda para o norte da Faixa.
Uma distribuição de alimentos na Cidade de Gaza terminou em tragédia na quinta-feira, depois que soldados israelenses abriram fogo contra uma multidão que avançava contra os caminhões.
Segundo o Hamas, 118 pessoas morreram e 760 ficaram feridas.
A investigação preliminar "indicou que após os disparos de advertência para dispersar a debandada [...] vários saqueadores se aproximaram das forças e criaram uma ameaça imediata" aos soldados, disse neste domingo o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari.
Uma equipe da ONU disse ter encontrado um "grande número" de ferimentos a bala em um hospital da cidade onde muitas das vítimas foram internadas.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.