Gangues tentam paralizar Porto Príncipe, capital do Haiti, para derrubar o atual primeiro-ministro do paísClarens Siffory / AFP
Publicado 06/03/2024 13:52 | Atualizado 06/03/2024 13:58
O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Türk, alertou nesta quarta-feira (6), que a situação no Haiti se tornou "mais do que insustentável", com 1.193 pessoas mortas pela violência de gangues desde o início de 2024.

Volker Türk pediu o envio urgente de uma missão multinacional para apoiar a polícia haitiana. "A realidade é que, no contexto atual, não existe nenhuma alternativa realista disponível para proteger vidas", disse ele.

A violência das gangues também deixou 692 feridos desde o início de janeiro, "números chocantes", segundo Türk.

Diante da situação que se deteriorou acentuadamente nos últimos dias, o Conselho de Segurança da ONU prevê realizar uma reunião de emergência nesta quarta-feira.

Gangues armadas, que controlam grandes áreas do Haiti, anunciaram na semana passada um esforço conjunto para derrubar o primeiro-ministro, Ariel Henry, e desde então o aeroporto, prisões, delegacias e outros alvos estratégicos na capital Porto Príncipe foram atacados.

Türk, que conhece bem o Haiti porque trabalhou lá no passado, descreveu um sistema de saúde "à beira do colapso", escolas e empresas fechadas, "crianças cada vez mais exploradas por gangues".
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