Publicado 08/03/2024 17:22
Os Estados Unidos, segundo maior emissor mundial de gases de efeito estufa, acabaram de viver o inverno mais quente já registrado, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (8).
A média de temperatura durante o inverno nos 48 estados do território continental dos Estados Unidos entre dezembro e fevereiro foi de 3,1° C, ou seja, 3°C acima da média, "tornando-se o inverno mais quente já registrado", revelou a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
Oito estados ao longo da região superior do meio oeste, os Grandes Lagos e o nordeste viveram cada um seu inverno mais quente, enquanto as temperaturas no Golfo do México ficaram perto da média.
O "calor persistente" provocou uma "diminuição contínua da camada de gelo" nos Grandes Lagos, no norte dos EUA, atingindo o nível mais baixo da história em fevereiro, destacou a NOOA.
No Texas, o incêndio chamado Smokehouse Creek, considerado o maior na história deste estado do sul e que se estendeu até o oeste de Oklahoma, começou em fevereiro e destruiu mais de 430.000 hectares.
Outros eventos importantes incluíram padrões atmosféricos incomuns que trouxeram fortes chuvas e nevascas para algumas áreas do oeste e causaram fortes ventos, inundações, deslizamentos e cortes de energia em algumas partes da Califórnia.
"A cidade de Los Angeles recebeu mais de 300 mm de chuvas em fevereiro, aproximadamente três vezes mais que a média, tornando-se o mês de fevereiro mais chuvoso em décadas na cidade", acrescentou o comunicado.
Em seu discurso do Estado da União, na noite de quinta-feira, o presidente Joe Biden referiu-se ao aquecimento global como uma "crise climática", distanciando-se da denominação "mudança climática".
"Vejo um futuro em que salvamos o planeta da crise climática", disse o mandatário ao mencionar que, em sua gestão, assinou uma lei relacionada à infraestrutura climática.
O mês passado foi classificado como o terceiro fevereiro mais quente dos Estados Unidos em 130 anos, desde o início dos registros, informou a Noaa.
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