Apesar do tom negativo visto no início do dia, preços se recuperaram perto do fechamentoReprodução/Internet
Publicado 11/03/2024 16:27
Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam perto da estabilidade, se recuperando da queda de mais de 1% vista mais cedo, à medida que investidores ponderam os riscos de descompasso entre oferta e demanda considerando as perspectivas para a China e os EUA. O relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a ser divulgado nesta semana, também segue no radar.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em baixa de 0,10% (US$ 0,08), a US$ 77,93 o barril, enquanto o Brent para maio fechou em alta de 0,18% (US$ 0,13), a US$ 82,21 o barril.
O analista Derren Nathan, da Hargreaves Lansdown, indica que hoje as "preocupações com o crescimento da China continuaram pressionando o preço do petróleo". Os dados chineses divulgados neste fim de semana mostraram que a inflação ao consumidor do país aumentou modestamente em fevereiro, como consequência do aumento dos gastos durante o Ano Novo Lunar. Contudo, a inflação dos preços ao produtor diminuiu mais do que o esperado no mesmo período, indicando que as fábricas da China continuam sob pressão e a demanda pode ser impactada.
Apesar do tom negativo visto no início do dia, os preços se recuperaram perto do fechamento. Segundo Fawad Razaqzada, do City index, traders agora já olham para o futuro, e esperam indícios de cortes de juros nos EUA. "Amanhã, veremos o foco nos dados de inflação dos preços ao consumidor (CPI) nos EUA e no relatório mensal de mercado da Opep", disse.
Em nota a clientes, a Capital Economics aponta que os cortes na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) mantiveram o petróleo em níveis mais elevados recentemente, enquanto os preços "têm ignorado as perturbações no transporte marítimo no Mar Vermelho e o risco de um conflito mais amplo no Oriente Médio".
Também nesta segunda, no início da manhã, circulou a notícia de que a petroleira estatal da Arábia Saudita, Saudi Aramco, planeja reduzir o fornecimento de petróleo bruto pesado para clientes na Ásia em abril, motivada pela manutenção de seus campos petrolíferos. Neste sábado, a Saudi Aramco divulgou balanço que indica lucro de US$ 121 bilhões em 2023, seu segundo melhor desempenho na história.
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