TikTok é acusado de permitir que o governo chinês espione e manipule usuários nos Estados UnidosMario Tama/Getty Images via AFP
Publicado 13/03/2024 08:32
A China afirmou que proibir o TikTok nos Estados Unidos, medida que pode ser aprovada pela Câmara de Representantes nesta quarta-feira, 13, seria uma medida que inevitavelmente retornaria para afetar a maior economia do mundo.
"Embora os Estados Unidos nunca tenham encontrado evidências de que o TikTok ameace a segurança nacional dos Estados Unidos, não pararam de suprimir o TikTok", afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, que denunciou uma campanha de "intimidação" contra a rede social.
"Este tipo de comportamento intimidador que não consegue vencer em uma concorrência justa prejudica a atividade normal dos negócios das empresas, abala a confiança dos investidores internacionais no ambiente de investimento e prejudica a ordem econômica e comercial internacional", acrescentou.
"No final, isto inevitavelmente retornará para afetar os próprios Estados Unidos", advertiu Wang.
O aplicativo TikTok está no alvo das autoridades americanas há vários meses, em meio a acusações de que a rede social permite que o governo chinês espione e manipule os 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, o que a empresa nega.
A Câmara de Representantes votará nesta quarta-feira um projeto de lei que obrigaria o aplicativo a cortar todos os vínculos com a empresa matriz, ByteDance, e de maneira geral suas relações com o governo chinês. Em caso contrário, o TikTok seria proibido nos Estados Unidos.
Os congressistas estão preocupados com os vínculos entre o TikTok e o governo chinês e temem que os dados pessoais dos usuários americanos sejam transferidos.
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