Publicado 14/03/2024 14:27
O terceiro voo de teste do megafoguete Starship da SpaceX terminou com a nave perdida quando retornava à Terra nesta quinta-feira (14), embora a empresa tenha comemorado o êxito do cumprimento de novos objetivos.
"Starship nunca voou tão longe ou tão rápido", afirmou uma comentarista durante uma transmissão ao vivo da empresa do bilionário Elon Musk.
O foguete, que decolou de Boca Chica, no estado do Texas (sul), tem 120 metros de altura e é o maior e mais potente foguete do mundo.
A SpaceX tinha uma longa lista de objetivos para este teste, entre eles, efetuar um "retorno controlado" à Terra.
Starship é composto por dois estágios ou partes: o propulsor Super Heavy com 33 motores e, acima dele, a nave Starship, que por extensão dá nome a todo o megafoguete.
As duas partes se separaram com sucesso poucos minutos depois de decolar. No entanto, o propulsor, que deveria ter amerissado suavemente no Golfo do México, não conseguiu completar a manobra em uma "amerissagem forte", segundo a comentarista da transmissão.
A nave continuou, por sua vez, seu voo por cerca de uma hora, chegando ao espaço ao atingir mais de 200 quilômetros de altura, segundo o vídeo da SpaceX, acompanhado por mais de três milhões de pessoas.
A previsão é de que o foguete amerissasse no Oceano Índico ao fim do teste, mas acabou "perdido" ao retornar à atmosfera terrestre, declarou um comentarista.
Transferência de combustível
"Starship nunca voou tão longe ou tão rápido", afirmou uma comentarista durante uma transmissão ao vivo da empresa do bilionário Elon Musk.
O foguete, que decolou de Boca Chica, no estado do Texas (sul), tem 120 metros de altura e é o maior e mais potente foguete do mundo.
A SpaceX tinha uma longa lista de objetivos para este teste, entre eles, efetuar um "retorno controlado" à Terra.
Starship é composto por dois estágios ou partes: o propulsor Super Heavy com 33 motores e, acima dele, a nave Starship, que por extensão dá nome a todo o megafoguete.
As duas partes se separaram com sucesso poucos minutos depois de decolar. No entanto, o propulsor, que deveria ter amerissado suavemente no Golfo do México, não conseguiu completar a manobra em uma "amerissagem forte", segundo a comentarista da transmissão.
A nave continuou, por sua vez, seu voo por cerca de uma hora, chegando ao espaço ao atingir mais de 200 quilômetros de altura, segundo o vídeo da SpaceX, acompanhado por mais de três milhões de pessoas.
A previsão é de que o foguete amerissasse no Oceano Índico ao fim do teste, mas acabou "perdido" ao retornar à atmosfera terrestre, declarou um comentarista.
Transferência de combustível
A empresa de Elon Musk conta com Starship para atingir seu objetivo de levar a humanidade a Marte e o desenvolvimento deste foguete também é muito importante para a Nasa, que quer utilizá-lo para levar seus astronautas à Lua durante a missão Artemis 3, em 2026.
O primeiro teste ocorreu em abril de 2023. A SpaceX foi forçada a explodir a Starship poucos minutos após o lançamento, uma vez que os dois estágios não conseguiram se separar. O foguete acabou se desintegrando em uma bola de fogo e caiu no Golfo do México.
O segundo voo de teste, realizado em novembro do mesmo ano, teve resultados ligeiramente melhores: o propulsor se separou da nave espacial, mas logo depois ambos explodiram no oceano. A nave, entretanto, havia alcançado uma altitude de aproximadamente 150 quilômetros, entrando no espaço.
Para este terceiro voo, a SpaceX testou a abertura da escotilha que poderá ser usada no futuro para liberar cargas, como satélites, para o espaço.
Além disso, queria avaliar a capacidade da nave espacial de transferir combustível no espaço. Segundo a imprensa especializada, o teste poderia ser realizado entre dois tanques dentro da Starship. Para chegar à Lua, o foguete precisará reabastecer seu combustível.
Com o tempo, a ideia é demonstrar que os foguetes poderiam ser enviados ao espaço para se tornarem uma espécie de "postos de serviço" em órbita.
O método SpaceX
O primeiro teste ocorreu em abril de 2023. A SpaceX foi forçada a explodir a Starship poucos minutos após o lançamento, uma vez que os dois estágios não conseguiram se separar. O foguete acabou se desintegrando em uma bola de fogo e caiu no Golfo do México.
O segundo voo de teste, realizado em novembro do mesmo ano, teve resultados ligeiramente melhores: o propulsor se separou da nave espacial, mas logo depois ambos explodiram no oceano. A nave, entretanto, havia alcançado uma altitude de aproximadamente 150 quilômetros, entrando no espaço.
Para este terceiro voo, a SpaceX testou a abertura da escotilha que poderá ser usada no futuro para liberar cargas, como satélites, para o espaço.
Além disso, queria avaliar a capacidade da nave espacial de transferir combustível no espaço. Segundo a imprensa especializada, o teste poderia ser realizado entre dois tanques dentro da Starship. Para chegar à Lua, o foguete precisará reabastecer seu combustível.
Com o tempo, a ideia é demonstrar que os foguetes poderiam ser enviados ao espaço para se tornarem uma espécie de "postos de serviço" em órbita.
O método SpaceX
O método de desenvolvimento da SpaceX é diferente de outras empresas tradicionais e agências espaciais, que utilizam fundos de contribuintes. A empresa de Elon Musk opera com recursos próprios, o que lhe permite correr mais riscos.
A companhia também possui uma técnica de "desenvolvimento iterativo", baseada em testes sucessivos em ritmo acelerado, mesmo que explodam.
Logo, as lições aprendidas permitem que mudanças sejam feitas rapidamente.
A cada teste, "aprendemos algo novo", declarou Musk em um discurso aos funcionários em janeiro. "É sempre melhor sacrificar material do que sacrificar tempo", acrescentou.
O desenvolvimento dos foguetes Falcon, que com 96 missões bem-sucedidas em 2023 domina atualmente o mercado de lançamentos americano, também teve como base o princípio de múltiplos testes que fracassaram.
Além de seu tamanho, Starship deve ser completamente reutilizável. Atualmente, apenas o primeiro estágio do foguete Falcon 9 retorna à Terra após cada lançamento para ser reaproveitado, mas não o seu propulsor.
Segundo Musk, os testes dos dois estágios de Starship permitirão lançamentos ainda mais frequentes e com menos dinheiro: um imperativo para "colonizar" Marte.
O bilionário afirmou esta semana que espera que o foguete Starship faça "mais seis voos este ano".
Para estes testes, os protótipos utilizados não transportam nenhuma carga. E a SpaceX, que desenvolve modelos de Starship desde 2018, já fabricou inúmeras cópias de seu foguete.
A companhia também possui uma técnica de "desenvolvimento iterativo", baseada em testes sucessivos em ritmo acelerado, mesmo que explodam.
Logo, as lições aprendidas permitem que mudanças sejam feitas rapidamente.
A cada teste, "aprendemos algo novo", declarou Musk em um discurso aos funcionários em janeiro. "É sempre melhor sacrificar material do que sacrificar tempo", acrescentou.
O desenvolvimento dos foguetes Falcon, que com 96 missões bem-sucedidas em 2023 domina atualmente o mercado de lançamentos americano, também teve como base o princípio de múltiplos testes que fracassaram.
Além de seu tamanho, Starship deve ser completamente reutilizável. Atualmente, apenas o primeiro estágio do foguete Falcon 9 retorna à Terra após cada lançamento para ser reaproveitado, mas não o seu propulsor.
Segundo Musk, os testes dos dois estágios de Starship permitirão lançamentos ainda mais frequentes e com menos dinheiro: um imperativo para "colonizar" Marte.
O bilionário afirmou esta semana que espera que o foguete Starship faça "mais seis voos este ano".
Para estes testes, os protótipos utilizados não transportam nenhuma carga. E a SpaceX, que desenvolve modelos de Starship desde 2018, já fabricou inúmeras cópias de seu foguete.
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