Publicado 15/03/2024 16:00
O papa Francisco diz que apesar de seu estado de saúde, não tem motivos para renunciar e lembra dos primeiros amores e da ditadura na Argentina, em uma autobiografia que será posta à venda na próxima semana.
Em "Vida. Mi historia en la Historia" (Vida. Minha história na História), que será publicada em 19 de março pela HarperCollins em vários países e idiomas, o pontífice argentino faz um relato ao mesmo tempo político e pessoal de seus 87 anos de vida.
Afetado por vários problemas de saúde, Francisco diz não ter "motivos sérios" para renunciar.
É uma "hipótese remota", que se justificaria apenas em caso de um "grave impedimento físico", afirma o sucessor de Bento XVI, o primeiro pontífice a renunciar ao cargo desde a Idade Média.
Apesar de ter sido submetido a uma cirurgia abdominal em 2023 e sofrido várias bronquites nos últimos meses, o jesuíta mantém um ritmo frenético em Roma e prevê fazer uma viagem à Ásia este ano.
Embora muitos detalhes da vida de Jorge Mario Bergoglio já sejam conhecidos, as 350 páginas do seu livro, escrito sob a forma de uma conversa com um jornalista italiano, aporta novos detalhes, sobretudo a respeito de sua vida pessoal.
O primeiro papa sul-americano fala de sua primeira "namorada", quando era adolescente, e conta um "pequeno deslize" que teve quando, ainda seminarista, ficou "deslumbrado" por uma moça, que o fez perder a cabeça por ser tão "bela e inteligente", segundo suas declarações, traduzidas da versão original do livro em italiano.
"Durante uma semana, tive sua imagem sempre na minha mente e era difícil rezar! Depois, felizmente, passou e me dediquei de corpo e alma à minha vocação", relata.
Ditadura e Maradona
Em "Vida. Mi historia en la Historia" (Vida. Minha história na História), que será publicada em 19 de março pela HarperCollins em vários países e idiomas, o pontífice argentino faz um relato ao mesmo tempo político e pessoal de seus 87 anos de vida.
Afetado por vários problemas de saúde, Francisco diz não ter "motivos sérios" para renunciar.
É uma "hipótese remota", que se justificaria apenas em caso de um "grave impedimento físico", afirma o sucessor de Bento XVI, o primeiro pontífice a renunciar ao cargo desde a Idade Média.
Apesar de ter sido submetido a uma cirurgia abdominal em 2023 e sofrido várias bronquites nos últimos meses, o jesuíta mantém um ritmo frenético em Roma e prevê fazer uma viagem à Ásia este ano.
Embora muitos detalhes da vida de Jorge Mario Bergoglio já sejam conhecidos, as 350 páginas do seu livro, escrito sob a forma de uma conversa com um jornalista italiano, aporta novos detalhes, sobretudo a respeito de sua vida pessoal.
O primeiro papa sul-americano fala de sua primeira "namorada", quando era adolescente, e conta um "pequeno deslize" que teve quando, ainda seminarista, ficou "deslumbrado" por uma moça, que o fez perder a cabeça por ser tão "bela e inteligente", segundo suas declarações, traduzidas da versão original do livro em italiano.
"Durante uma semana, tive sua imagem sempre na minha mente e era difícil rezar! Depois, felizmente, passou e me dediquei de corpo e alma à minha vocação", relata.
Ditadura e Maradona
O livro também revisita os anos da ditadura militar argentina (1976-1983) e as acusações feitas contra ele sobre seu papel nessa época.
Os críticos do papa estigmatizaram sua gestão do desaparecimento de dois missionários jesuítas presos e torturados na época em que dirigia a ordem jesuíta na Argentina.
"As acusações contra mim continuaram até pouco tempo atrás. Foi a vergonha de alguns esquerdistas que sabiam quanto me opus àquelas atrocidades", lamenta o ex-arcebispo de Buenos Aires.
"Mas, afinal, não encontraram provas porque eu estava limpo", assegura.
Um capítulo inteiro é dedicado ao futebol, uma das paixões do papa, e à "Mão de Deus" de Maradona na Copa do Mundo de 1986. "Quando, há alguns anos, o recebi no Vaticano, fiz esta brincadeira com ele: 'Então, qual é a mão culpada?'", conta Francisco sobre seu encontro com o craque argentino.
Três meses depois de ter provocado uma polêmica ao autorizar a bênção de casais homoafetivos, Francisco diminui a importância das acusações de que estaria "destruindo o papado" ao reformar a Igreja.
Há "sempre aqueles que tentam frear a reforma, os que gostariam de permanecer imóveis na época do Papa-Rei", afirma.
"Se tivesse que seguir tudo o que as pessoas dizem sobre mim, teria que me consultar com um psicólogo uma vez por semana!", acrescenta em tom de brincadeira.
Os críticos do papa estigmatizaram sua gestão do desaparecimento de dois missionários jesuítas presos e torturados na época em que dirigia a ordem jesuíta na Argentina.
"As acusações contra mim continuaram até pouco tempo atrás. Foi a vergonha de alguns esquerdistas que sabiam quanto me opus àquelas atrocidades", lamenta o ex-arcebispo de Buenos Aires.
"Mas, afinal, não encontraram provas porque eu estava limpo", assegura.
Um capítulo inteiro é dedicado ao futebol, uma das paixões do papa, e à "Mão de Deus" de Maradona na Copa do Mundo de 1986. "Quando, há alguns anos, o recebi no Vaticano, fiz esta brincadeira com ele: 'Então, qual é a mão culpada?'", conta Francisco sobre seu encontro com o craque argentino.
Três meses depois de ter provocado uma polêmica ao autorizar a bênção de casais homoafetivos, Francisco diminui a importância das acusações de que estaria "destruindo o papado" ao reformar a Igreja.
Há "sempre aqueles que tentam frear a reforma, os que gostariam de permanecer imóveis na época do Papa-Rei", afirma.
"Se tivesse que seguir tudo o que as pessoas dizem sobre mim, teria que me consultar com um psicólogo uma vez por semana!", acrescenta em tom de brincadeira.
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