processo coletivo alega que a empresa usa táticas que violam as leis americanasHermès/Divulgação
Publicado 20/03/2024 20:48
Tina Cavalleri e Mark Glinoga entraram com uma ação nesta terça-feira (19) contra a marca francesa, argumentando que a mesma condicionou a venda da bolsa, inspirada na falecida atriz franco-britânica Jane Birkin, à compra de itens adicionais.
Tina afirma na ação que gastou “milhares de dólares” na Hermès, mas que, quando entrou em contato com a loja em setembro de 2022 para comprar a bolsa, foi informada de que o modelo era vendido apenas para “clientes que haviam sido consistentes em apoiar" o negócio, o que interpretou como uma pressão tácita para adquirir outros produtos da marca. Consequentemente, a cliente relata que não pôde comprar a bolsa cobiçada.
Já Glinoga, segundo o documento, tentou diversas vezes ao longo de 2023 comprar uma Birkin, mas “foi informado, em todas elas, de que precisava adquirir outros produtos e acessórios”.
O processo coletivo alega que a empresa usa táticas que violam as leis americanas. "Os consumidores são coagidos a comprar produtos adicionais pelo simples fato de desejarem comprar uma Birkin. Com isso, os demandados inflam, na prática, o preço da bolsa e o lucro obtido com a Birkin".
A Hermès lançou o modelo em 1984, inspirado em Jane Birkin. De couro e feita a mão, a bolsa se tornou sinônimo de exclusividade e seu preço varia de 10 mil dólares (50 mil reais) a mais de US$ 1 milhão (R$ 5 milhões).
Vista com frequência nos braços de celebridades, a marca só vende a bolsa em suas lojas, com listas de espera que inspiraram um episódio da série de TV “Sex and the City”.
Tina e Glinoga pedem à justiça da Califórnia que impeça a marca de manter esse tipo de prática, além de uma indenização financeira.
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