Joe Biden afirmou que pacote representa um compromissoAFP
Publicado 23/03/2024 17:10
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou neste sábado um pacote orçamentário de US$ 1,2 trilhão, encerrando a ameaça de uma paralisação parcial do governo. O projeto de financiamento para as agências governamentais havia sido aprovado pelo Senado por 74 a 24 votos logo após o vencimento do prazo, à meia-noite do horário local. Na sexta-feira, a Câmara aprovou o pacote com 286 votos favoráveis e 134 contrários.
"Este acordo representa um compromisso, o que significa que nenhum lado conseguiu tudo o que queria", disse Biden em comunicado. "Mas ele rejeita cortes extremos dos republicanos da Câmara e expande o acesso a cuidados infantis, investe na pesquisa sobre o câncer, financia cuidados de saúde mental e de consumo de substâncias, promove a liderança americana no exterior e fornece recursos para proteger a fronteira. Isso é uma boa notícia para o povo americano", declarou.
Os legisladores levaram seis meses, desde o início do ano fiscal, para se aproximarem de um acordo de financiamento do governo, em um processo que foi retardado por conservadores que pressionaram por mais mandatos políticos e cortes de gastos maiores. O impasse exigiu vários projetos de lei de gastos de curto prazo para manter as agências financiadas.
O primeiro pacote de projetos de lei de gastos anuais, que financiou os departamentos de Assuntos de Veteranos, Agricultura e Interior, entre outros, foi aprovado pelo Congresso há duas semanas, pouco antes do horário limite. O segundo cobriu os departamentos de Defesa, Segurança Interna e Estado, bem como outros aspectos do governo em geral. Ao combinar os dois pacotes, os gastos discricionários para o ano fiscal chegarão a cerca de US$ 1,66 trilhão, sem incluir programas como Seguridade Social e Medicare, ou o financiamento da dívida do país.
Sobre a ajuda à Ucrânia, defendida por Biden e sua administração, o pacote forneceu US$ 300 milhões sob o guarda-chuva de gastos com defesa. Esse financiamento é separado de um grande pacote de assistência para Ucrânia e Israel, que está travado no Capitólio.
O pacote de gastos segue em grande parte um acordo que o então presidente da Câmara, Kevin McCarthy, fechou com a Casa Branca em maio de 2023, que restringiu os gastos por dois anos e suspendeu o teto da dívida até janeiro de 2025 para que o governo federal pudesse continuar pagando suas contas.
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