Publicado 25/03/2024 18:14
Vladimir Putin reconheceu, nesta segunda-feira (25), que o atentado de sexta-feira perto de Moscou, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), foi cometido por "islamistas radicais", mas insinuou novamente que poderiam ter relação com a Ucrânia.
Kiev e os ocidentais negaram categoricamente qualquer relação entre as autoridades ucranianas e os autores do ataque que, segundo um novo balanço nesta segunda-feira, deixou pelo menos 139 mortos.
Mais de dois anos após sua ofensiva em grande escala contra Kiev, Putin afirmou novamente que o ataque poderia ter algo a ver com a Ucrânia e seus apoiadores.
"Sabemos que este crime foi cometido por islamistas radicais com uma ideologia contra a qual o mundo islâmico tem lutado por séculos", disse em uma reunião de governo transmitida pela televisão, relacionando pela primeira vez o ataque com os islamitas.
"Sabemos quem cometeu esta atrocidade contra a Rússia e seu povo. O que nos interessa é o patrocinador", acrescentou, pedindo uma investigação "profissional".
"É importante responder à pergunta de por que os terroristas, depois de seu crime, tentaram ir para a Ucrânia? Quem os esperava lá? Aqueles que apoiam o regime de Kiev não querem ser cúmplices do terror e apoiadores do terrorismo, mas surgem muitas perguntas", afirmou.
"Imediatamente nos perguntamos quem se beneficia com isso? Esta atrocidade pode ser um novo elo com aqueles que, desde 2014, têm lutado contra nosso país através do regime neonazista em Kiev", assegurou, retomando seu discurso de que a ofensiva na Ucrânia tem como objetivo derrubar um suposto regime neonazista.
"E os nazistas, como é sabido, nunca recusaram usar os métodos mais sujos e desumanos para alcançar seus objetivos", afirmou.
Perguntas sem resposta
Kiev e os ocidentais negaram categoricamente qualquer relação entre as autoridades ucranianas e os autores do ataque que, segundo um novo balanço nesta segunda-feira, deixou pelo menos 139 mortos.
Mais de dois anos após sua ofensiva em grande escala contra Kiev, Putin afirmou novamente que o ataque poderia ter algo a ver com a Ucrânia e seus apoiadores.
"Sabemos que este crime foi cometido por islamistas radicais com uma ideologia contra a qual o mundo islâmico tem lutado por séculos", disse em uma reunião de governo transmitida pela televisão, relacionando pela primeira vez o ataque com os islamitas.
"Sabemos quem cometeu esta atrocidade contra a Rússia e seu povo. O que nos interessa é o patrocinador", acrescentou, pedindo uma investigação "profissional".
"É importante responder à pergunta de por que os terroristas, depois de seu crime, tentaram ir para a Ucrânia? Quem os esperava lá? Aqueles que apoiam o regime de Kiev não querem ser cúmplices do terror e apoiadores do terrorismo, mas surgem muitas perguntas", afirmou.
"Imediatamente nos perguntamos quem se beneficia com isso? Esta atrocidade pode ser um novo elo com aqueles que, desde 2014, têm lutado contra nosso país através do regime neonazista em Kiev", assegurou, retomando seu discurso de que a ofensiva na Ucrânia tem como objetivo derrubar um suposto regime neonazista.
"E os nazistas, como é sabido, nunca recusaram usar os métodos mais sujos e desumanos para alcançar seus objetivos", afirmou.
Perguntas sem resposta
Durante o fim de semana, Putin e seu serviço de segurança, o FSB, não mencionaram a implicação jihadista e apontaram para a pista ucraniana, desmentida por Kiev e pelos governos ocidentais.
Nesta segunda-feira, o Kremlin se recusou a comentar a reivindicação do EI e indicou que Putin não tem prevista uma visita ao complexo Crocus City Hall, cenário do pior ataque na Rússia em 20 anos e o mais letal reivindicado pelo EI em solo europeu.
Três dias após a tragédia, ainda há muitas perguntas sem resposta, em particular sobre a identidade e os motivos dos quatro principais suspeitos.
Os quatro indivíduos, pelo menos um dos quais é do Tajiquistão, um país da Ásia Central, foram detidos até 22 de maio e enfrentam prisão perpétua.
Outros três suspeitos foram detidos nesta segunda-feira até a mesma data. Segundo a agência de notícias russa Ria Novosti, trata-se de um pai e dois de seus filhos, sendo um deles, nascido no Tajiquistão, cidadão russo.
As autoridades russas anunciaram no sábado a prisão de um total de 11 pessoas.
O grupo Estado Islâmico (EI), que a Rússia combate na Síria e que está ativo no Cáucaso russo, reivindicou a responsabilidade pelo ataque, mas as autoridades afirmam que, após o atentado, os supostos assassinos tentavam chegar a território ucraniano.
A Ucrânia, que luta contra um ataque das tropas russas desde fevereiro de 2022, negou qualquer "conexão com o incidente".
Um ataque de 13 minutos
Nesta segunda-feira, o Kremlin se recusou a comentar a reivindicação do EI e indicou que Putin não tem prevista uma visita ao complexo Crocus City Hall, cenário do pior ataque na Rússia em 20 anos e o mais letal reivindicado pelo EI em solo europeu.
Três dias após a tragédia, ainda há muitas perguntas sem resposta, em particular sobre a identidade e os motivos dos quatro principais suspeitos.
Os quatro indivíduos, pelo menos um dos quais é do Tajiquistão, um país da Ásia Central, foram detidos até 22 de maio e enfrentam prisão perpétua.
Outros três suspeitos foram detidos nesta segunda-feira até a mesma data. Segundo a agência de notícias russa Ria Novosti, trata-se de um pai e dois de seus filhos, sendo um deles, nascido no Tajiquistão, cidadão russo.
As autoridades russas anunciaram no sábado a prisão de um total de 11 pessoas.
O grupo Estado Islâmico (EI), que a Rússia combate na Síria e que está ativo no Cáucaso russo, reivindicou a responsabilidade pelo ataque, mas as autoridades afirmam que, após o atentado, os supostos assassinos tentavam chegar a território ucraniano.
A Ucrânia, que luta contra um ataque das tropas russas desde fevereiro de 2022, negou qualquer "conexão com o incidente".
Um ataque de 13 minutos
O número de feridos, todos em estado grave, chega a 182 pessoas, disse na segunda-feira Alexander Bastrykin, chefe do Comitê de Investigação, em reunião do governo com o presidente russo.
Segundo ele, 40 pessoas morreram por tiros e outras 45 devido ao incêndio. O ataque durou apenas treze minutos, entre as 19h58 e as 20h11, antes que os agressores fugissem, segundo Bastrykin.
O Kremlin se recusou a comentar as denúncias de tortura dos suspeitos, que apareceram com o rosto ensanguentado em vídeos e fotos publicados nas redes sociais.
Em outro vídeo cuja autenticidade não foi confirmada, vê-se como uma pessoa fora de câmera corta uma orelha do que parece ser um dos suspeitos.
Durante a audiência dos suspeitos em um tribunal de Moscou, no domingo à noite, um deles estava com um curativo branco na orelha e outro chegou em uma cadeira de rodas, com os olhos fechados.
Leonid Volkov, um opositor russo no exílio, disse nesta segunda-feira que a publicação desses vídeos é uma tentativa dos serviços de segurança russos "de desviar a atenção sobre sua impotência e fracasso".
O atentado é um duro revés para Vladimir Putin, que prometeu segurança, em meio a um recrudescimento dos ataques ucranianos em solo russo e poucos dias após sua reeleição como presidente sem oposição para os próximos seis anos.
Segundo ele, 40 pessoas morreram por tiros e outras 45 devido ao incêndio. O ataque durou apenas treze minutos, entre as 19h58 e as 20h11, antes que os agressores fugissem, segundo Bastrykin.
O Kremlin se recusou a comentar as denúncias de tortura dos suspeitos, que apareceram com o rosto ensanguentado em vídeos e fotos publicados nas redes sociais.
Em outro vídeo cuja autenticidade não foi confirmada, vê-se como uma pessoa fora de câmera corta uma orelha do que parece ser um dos suspeitos.
Durante a audiência dos suspeitos em um tribunal de Moscou, no domingo à noite, um deles estava com um curativo branco na orelha e outro chegou em uma cadeira de rodas, com os olhos fechados.
Leonid Volkov, um opositor russo no exílio, disse nesta segunda-feira que a publicação desses vídeos é uma tentativa dos serviços de segurança russos "de desviar a atenção sobre sua impotência e fracasso".
O atentado é um duro revés para Vladimir Putin, que prometeu segurança, em meio a um recrudescimento dos ataques ucranianos em solo russo e poucos dias após sua reeleição como presidente sem oposição para os próximos seis anos.
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