Publicado 02/04/2024 13:19
Mais de 50 mil pessoas fugiram da área metropolitana de Porto Príncipe em três semanas buscando segurança diante da violência das gangues que atinge a capital do Haiti, anunciou nesta terça-feira (2) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Entre 8 e 27 de março, 53.125 pessoas deixaram a cidade, somando aos 116.000 deslocados que haviam fugido nos meses anteriores, indicou a OIM em um comunicado à imprensa.
Grande parte dos que fugiram de Porto Príncipe em março foram para o sul, segundo a organização, e a maioria relatou que estava indo "devido à violência e à insegurança".
"É importante destacar que (as outras) províncias não possuem infraestrutura adequada e as comunidades que recebem esses deslocados em massa da capital não têm recursos suficientes para lidar com esses fluxos", acrescenta o comunicado.
Desde o final de fevereiro, as gangues do Haiti se uniram para atacar violentamente delegacias, prisões, o aeroporto e o porto da cidade em uma disputa contra o controverso primeiro-ministro, Ariel Henry.
A situação desencadeou uma grave crise humanitária, com escassez de alimentos e um colapso quase total das infraestruturas de saúde no país mais pobre das Américas.
Apenas no primeiro trimestre de 2024, até 22 de março, 1.554 pessoas morreram e 826 ficaram feridas devido à violência das gangues, conforme relatado pela ONU na semana passada.
Henry, que chegou ao poder sem passar por eleições populares após o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em 2021, anunciou em 11 de março que renunciaria para ceder o poder a um conselho de transição.
No entanto, a designação desse grupo de nove pessoas tem sido adiado por discordâncias internas e supostas dúvidas legais do governo anterior.
Apenas no primeiro trimestre de 2024, até 22 de março, 1.554 pessoas morreram e 826 ficaram feridas devido à violência das gangues, conforme relatado pela ONU na semana passada.
Henry, que chegou ao poder sem passar por eleições populares após o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em 2021, anunciou em 11 de março que renunciaria para ceder o poder a um conselho de transição.
No entanto, a designação desse grupo de nove pessoas tem sido adiado por discordâncias internas e supostas dúvidas legais do governo anterior.
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