Presidente da Rússia, Vladimir PutinAFP
Publicado 09/04/2024 12:08
Os investigadores russos anunciaram nesta terça-feira, 9, que iniciaram uma investigação por "financiamento do terrorismo" que envolve países ocidentais, alegando que recursos recebidos por empresas norte-americanas na Ucrânia, incluindo a Burisma, que empregou o filho do presidente Joe Biden, foram usados para "atos terroristas" na Rússia.
Em um comunicado, o Comitê de Investigação russo afirmou estar analisando "fontes de receita" de vários milhões de dólares e o "envolvimento de colaboradores entre autoridades e organizações públicas e comerciais de países ocidentais".
O órgão citou, entre outras, a companhia de gás Burisma, da qual Hunter Biden, filho do presidente norte-americano, fez parte do conselho administrativo.
Os investigadores afirmam que esta empresa serviu como intermediária para recursos utilizados "nos últimos anos para realizar atos terroristas na Rússia", assim como "no exterior, para eliminar personalidades".
O anúncio ocorre algumas semanas depois do ataque a tiros em uma casa de shows nos arredores de Moscou, em 22 de março, que deixou 144 mortos.
A Rússia acusou a Ucrânia, contra a qual lançou uma ofensiva há mais de dois anos, de estar envolvida no ataque, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico.
A colaboração de Hunter Biden na empresa Burisma é um dos temas favoritos dos adversários republicanos da Casa Branca. Tanto Joe Biden quanto o filho negam ter cometido atos ilegais. Em fevereiro, um ex-informante do FBI foi preso por ter inventado acusações de corrupção contra os Biden.
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