Publicado 11/04/2024 21:36
Em uma clara advertência a Pequim, o presidente americano, Joe Biden, se comprometeu, nesta quinta-feira (11), a defender as Filipinas em caso de "ataque" no Mar do Sul da China, durante uma cúpula sem precedentes com os dirigentes japonês e filipino.
"Qualquer ataque contra aviões, navios ou forças armadas filipinas no Mar do Sul da China" desencadearia a aplicação do "tratado de defesa mútua", disse Biden.
O presidente americano fez essa declaração ao lado de seu par filipino, Ferdinand Marcos Jr., e do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, convidados para uma cúpula trilateral inédita na Casa Branca.
A cúpula acontece em meio a enfrentamentos reiterados entre navios chineses e filipinos que geram o temor de um conflito.
Pequim reivindica quase a totalidade do Mar do Sul da China, fazendo pouco caso das reivindicações de várias nações do sudeste asiático, entre elas as Filipinas.
"O compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Japão e Filipinas é inabalável", afirmou o democrata de 81 anos.
Biden estabeleceu como objetivo uma região da Ásia-Pacífico "livre, aberta, próspera e segura", uma expressão usada por Washington para contrapor o que considera planos perigosos e agressivos da China na região.
Seus comentários provavelmente vão incomodar a China, por mais indiretos que tenham sido.
Pequim já reagiu duramente ao anúncio de quarta-feira de uma maior cooperação militar entre Estados Unidos e Japão.
"Estados Unidos e Japão, desafiando as sérias preocupações da China, difamaram e atacaram a China em relação a Taiwan e aos temas marítimos", declarou Mao Ning, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, em entrevista coletiva.
O presidente americano se reuniu ontem com Fumio Kishida durante visita de Estado, prelúdio desta reunião trilateral com Ferdinand "Bongbong" Marcos Jr., filho e homônimo do ex-ditador das Filipinas, que chegou ao poder em junho de 2022.
Atol Second Thomas
"Qualquer ataque contra aviões, navios ou forças armadas filipinas no Mar do Sul da China" desencadearia a aplicação do "tratado de defesa mútua", disse Biden.
O presidente americano fez essa declaração ao lado de seu par filipino, Ferdinand Marcos Jr., e do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, convidados para uma cúpula trilateral inédita na Casa Branca.
A cúpula acontece em meio a enfrentamentos reiterados entre navios chineses e filipinos que geram o temor de um conflito.
Pequim reivindica quase a totalidade do Mar do Sul da China, fazendo pouco caso das reivindicações de várias nações do sudeste asiático, entre elas as Filipinas.
"O compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Japão e Filipinas é inabalável", afirmou o democrata de 81 anos.
Biden estabeleceu como objetivo uma região da Ásia-Pacífico "livre, aberta, próspera e segura", uma expressão usada por Washington para contrapor o que considera planos perigosos e agressivos da China na região.
Seus comentários provavelmente vão incomodar a China, por mais indiretos que tenham sido.
Pequim já reagiu duramente ao anúncio de quarta-feira de uma maior cooperação militar entre Estados Unidos e Japão.
"Estados Unidos e Japão, desafiando as sérias preocupações da China, difamaram e atacaram a China em relação a Taiwan e aos temas marítimos", declarou Mao Ning, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, em entrevista coletiva.
O presidente americano se reuniu ontem com Fumio Kishida durante visita de Estado, prelúdio desta reunião trilateral com Ferdinand "Bongbong" Marcos Jr., filho e homônimo do ex-ditador das Filipinas, que chegou ao poder em junho de 2022.
Atol Second Thomas
Por sua vez, o chefe de Estado filipino classificou a reunião de "histórica".
"A reunião de hoje nos oferece a oportunidade de definir o futuro que queremos e os meios para consegui-lo juntos", acrescentou Bongbong Marcos em uma breve declaração na presença de jornalistas.
As ações militares da China "representam um desafio sem precedentes, e o maior desafio estratégico não só para a paz e a segurança do Japão, mas para a paz e a segurança de toda a comunidade internacional", afirmou anteriormente o primeiro-ministro japonês perante o Congresso americano em Washington.
Nos últimos meses, as tensões entre China e Filipinas atingiram níveis nunca vistos em anos. Ambos os países têm feito valer, cada vez mais, suas reivindicações territoriais.
No mês passado ocorreram dois choques entre navios chineses e filipinos perto do atol Second Thomas, denominado Ren'ai por Pequim, no Mar do Sul da China.
Nesse contexto, Biden anunciou que Estados Unidos, Filipinas e Japão "vão aprofundar seus laços em matéria de segurança marítima".
Também prometeu uma cooperação econômica e tecnológica mais estreita, em particular para desenvolver grandes projetos de infraestrutura nas Filipinas.
As tensões, unidas aos rumores sobre as reivindicações chinesas relativas à ilha autônoma de Taiwan, levaram Biden a promover alianças na região da Ásia-Pacífico para contrapor as ambições estratégicas da China.
Nesse sentido, Biden foi o anfitrião de outra cúpula trilateral sem precedentes, em 2023, com os líderes de Japão e Coreia do Sul em sua residência de Camp David.
"A reunião de hoje nos oferece a oportunidade de definir o futuro que queremos e os meios para consegui-lo juntos", acrescentou Bongbong Marcos em uma breve declaração na presença de jornalistas.
As ações militares da China "representam um desafio sem precedentes, e o maior desafio estratégico não só para a paz e a segurança do Japão, mas para a paz e a segurança de toda a comunidade internacional", afirmou anteriormente o primeiro-ministro japonês perante o Congresso americano em Washington.
Nos últimos meses, as tensões entre China e Filipinas atingiram níveis nunca vistos em anos. Ambos os países têm feito valer, cada vez mais, suas reivindicações territoriais.
No mês passado ocorreram dois choques entre navios chineses e filipinos perto do atol Second Thomas, denominado Ren'ai por Pequim, no Mar do Sul da China.
Nesse contexto, Biden anunciou que Estados Unidos, Filipinas e Japão "vão aprofundar seus laços em matéria de segurança marítima".
Também prometeu uma cooperação econômica e tecnológica mais estreita, em particular para desenvolver grandes projetos de infraestrutura nas Filipinas.
As tensões, unidas aos rumores sobre as reivindicações chinesas relativas à ilha autônoma de Taiwan, levaram Biden a promover alianças na região da Ásia-Pacífico para contrapor as ambições estratégicas da China.
Nesse sentido, Biden foi o anfitrião de outra cúpula trilateral sem precedentes, em 2023, com os líderes de Japão e Coreia do Sul em sua residência de Camp David.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.