Publicado 12/04/2024 09:30
Quando as sirenes de alerta soaram na manhã de 7 de outubro, Bilha Inon e seu marido Yakovi se refugiaram no quarto do pânico de sua casa em Netiv Haasara, no sul de Israel. Depois disso, o rastro de Bilha se perdeu.
Yakovi, agrônomo aposentado, está na lista oficial de vítimas fatais do ataque executado pelo Hamas a partir de Gaza. Seu DNA foi encontrado entre restos humanos. Mas nada se sabe sobre Bilha, professora de artes plásticas de 75 anos. Ela é a única israelense que ainda está na lista de desaparecidos no ataque perpetrado pelo movimento islamista palestino.
As autoridades, que inicialmente a declararam morta, afirmam agora que não têm certeza. Sua família, porém, não tem dúvidas de que ela morreu. O caso destaca a dificuldade de localizar e identificar as vítimas do ataque cometido há mais de seis meses.
Desaparecida
Yakovi, agrônomo aposentado, está na lista oficial de vítimas fatais do ataque executado pelo Hamas a partir de Gaza. Seu DNA foi encontrado entre restos humanos. Mas nada se sabe sobre Bilha, professora de artes plásticas de 75 anos. Ela é a única israelense que ainda está na lista de desaparecidos no ataque perpetrado pelo movimento islamista palestino.
As autoridades, que inicialmente a declararam morta, afirmam agora que não têm certeza. Sua família, porém, não tem dúvidas de que ela morreu. O caso destaca a dificuldade de localizar e identificar as vítimas do ataque cometido há mais de seis meses.
Desaparecida
Netiv Haasara foi uma das primeiras localidades do sul de Israel atacada naquele dia fatídico. Os combatentes do Hamas atravessaram a barreira fronteiriça de Gaza, a cerca de 500 metros de distância, em paramotores (parapentes motorizados). Dos quase 900 membros da comunidade, 21 morreram, segundo as autoridades israelenses.
A casa dos Inons foi atingida por um foguete e pegou fogo, disse uma de suas netas ao Ynet, um site de notícias israelense.
Os comandos que atacaram Israel mataram 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses. Também sequestraram mais de 250 pessoas, das quais 129 permanecem retidas em Gaza, e 34 que podem estar mortas, segundo o Exército israelense.
A ofensiva aérea e terrestre lançada por Israel em resposta já deixou mais de 33.600 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas.
Nas semanas seguintes, o Exército, a polícia, patologistas forenses e arqueólogos trabalharam para localizar e identificar os restos mortais de mais de 200 desaparecidos. Seis meses depois, apenas um nome permanece na lista oficial de desaparecidos, o de Bilha Inon.
Busca pelo DNA
A casa dos Inons foi atingida por um foguete e pegou fogo, disse uma de suas netas ao Ynet, um site de notícias israelense.
Os comandos que atacaram Israel mataram 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses. Também sequestraram mais de 250 pessoas, das quais 129 permanecem retidas em Gaza, e 34 que podem estar mortas, segundo o Exército israelense.
A ofensiva aérea e terrestre lançada por Israel em resposta já deixou mais de 33.600 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas.
Nas semanas seguintes, o Exército, a polícia, patologistas forenses e arqueólogos trabalharam para localizar e identificar os restos mortais de mais de 200 desaparecidos. Seis meses depois, apenas um nome permanece na lista oficial de desaparecidos, o de Bilha Inon.
Busca pelo DNA
O Exército concluiu inicialmente que Bilha e Yakovi morreram, mas depois retratou-se sobre Bilha, ao não identificar seu DNA. Segundo especialistas forenses, não é possível que todos os vestígios genéticos desapareçam em um incêndio.
Mas os filhos do casal não têm esperança. Eles acreditam que seus pais morreram juntos em 7 de outubro e celebraram o rito fúnebre judaico em homenagem a ambos no dia seguinte ao ataque.
"Para nós, minha mãe não está desaparecida", disse Mor, um dos cinco filhos, à AFP. Seu irmão Maoz, ativista pela paz, atribui o ataque às autoridades israelenses. "O Exército sempre dizia o mesmo: o Hamas está sob controle, estão protegidos", explica.
Questionado pela AFP sobre o caso de Bilha, o Ministério da Saúde israelense, que dirige os serviços forenses, não quis comentar, assim como a polícia e o Exército.
"É um mistério", disse em março a tenente-coronel Dana Nof, oficial do Exército encarregada da coordenação com a família, ao Canal 12 de Israel.
"Estamos tentando esclarecer a situação e chegar a uma conclusão que nos permita saber se ela está viva ou não", sem descartar completamente que tenha sido sequestrada, apesar das certezas da família.
Mas os filhos do casal não têm esperança. Eles acreditam que seus pais morreram juntos em 7 de outubro e celebraram o rito fúnebre judaico em homenagem a ambos no dia seguinte ao ataque.
"Para nós, minha mãe não está desaparecida", disse Mor, um dos cinco filhos, à AFP. Seu irmão Maoz, ativista pela paz, atribui o ataque às autoridades israelenses. "O Exército sempre dizia o mesmo: o Hamas está sob controle, estão protegidos", explica.
Questionado pela AFP sobre o caso de Bilha, o Ministério da Saúde israelense, que dirige os serviços forenses, não quis comentar, assim como a polícia e o Exército.
"É um mistério", disse em março a tenente-coronel Dana Nof, oficial do Exército encarregada da coordenação com a família, ao Canal 12 de Israel.
"Estamos tentando esclarecer a situação e chegar a uma conclusão que nos permita saber se ela está viva ou não", sem descartar completamente que tenha sido sequestrada, apesar das certezas da família.
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