Publicado 19/04/2024 13:31
Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidiram enviar mais equipamentos de defesa antiaérea para a Ucrânia, em guerra com a Rússia, anunciou nesta sexta-feira (19) o secretário-geral da aliança militar transatlântica, Jens Stoltenberg.
"A Otan fez um inventário das capacidades existentes (...) e há sistemas que podem ser disponibilizados à Ucrânia. Portanto, espero anúncios de mais remessas em breve", disse Stoltenberg.
O alto responsável norueguês fez estas declarações no final de uma reunião por videoconferência do Conselho Otan-Ucrânia, da qual participou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
Nessa reunião virtual, os ministros da Defesa dos países da aliança "concordaram em fornecer mais apoio militar, incluindo defesa antiaérea", que a Ucrânia exige insistentemente para neutralizar os bombardeios russos que se intensificaram novamente nas últimas semanas.
O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, pediu recentemente aos países ocidentais para que transferissem sistemas de defesa antiaérea Patriot de fabricação americana para a Ucrânia.
"Saúdo os esforços da Alemanha, incluindo a recente decisão de entregar um sistema Patriot adicional à Ucrânia. Além do Patriot, há outras armas que os aliados [da Otan] podem fornecer, incluindo o SAM-T", disse Stoltenberg, em referência a sistemas de mísseis terra-ar.
Acrescentou que os países da Otan que não têm "sistemas disponíveis comprometeram-se a fornecer apoio financeiro para os comprá-los para a Ucrânia".
Segundo o chefe da aliança, cada país membro da Otan "decidirá com que o que contribuirá. Mas os ministros reconheceram a urgência e prometeram apoio adicional em um futuro próximo".
"O que posso dizer é que a ajuda está a caminho", reforçou. Zelensky disse na videoconferência que a Ucrânia "não pode esperar" e que precisa de "sete sistemas Patriot adicionais" ou equipamento equivalente, informou a Presidência ucraniana.
"É evidente que, embora a Rússia tenha uma vantagem aérea e possa contar com os seus drones e foguetes, as nossas capacidades no terreno são infelizmente limitadas", acrescentou.
A Ucrânia pede desesperadamente um aumento da ajuda em equipamento militar desde o segundo semestre do ano passado e admite que está ficando sem capacidade operacional em termos de defesa antiaérea, depois de mais de dois anos de resistência à invasão russa, que começou em fevereiro de 2022.
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