Haiti sofre com onda de violência entre ganguesAFP
Publicado 19/04/2024 14:03 | Atualizado 19/04/2024 14:04
O governo cubano iniciou nesta sexta-feira(19) a retirada de seus 254 cidadãos bloqueados há quase dois meses no Haiti, mergulhado na violência.
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"Hoje, começou a 1ª fase da operação de retorno dos cidadãos bloqueados no Haiti, que viajam em uma caravana de ônibus de Porto Príncipe à cidade de Cabo Haitiano, no norte do país", informou a chancelaria cubana na rede social X.
O órgão destacou que "no aeroporto de Cabo Haitiano será implementada a 2ª fase desta operação com o transporte para Cuba através da companhia aérea (haitiana) Sunrise".
A violência desencadeada por gangues criminosas em Porto Príncipe desde fevereiro pegou de surpresa cubanos que costumam viajar para comprar utensílios domésticos, roupas ou calçados, para revendê-los em seu país.
Desde então, o aeroporto de Porto Príncipe foi fechado e o país mergulhou na violência. No final de março, França, Estados Unidos, Nações Unidas, União Europeia e outros países também retiraram alguns dos seus cidadãos.
Segundo fontes da chancelaria, os cubanos são transferidos em oito ônibus para Cabo Haitiano, a segunda principal cidade do Haiti, em uma complexa viagem terrestre de cerca de 200 quilômetros.
De lá, seguirão para Cuba em seis voos, o primeiro, com 49 pessoas, está previsto chegar nesta sexta-feira ao aeroporto de Camagüey, a mais de 500 quilômetros de Havana. Em seguida, serão transferidos para suas cidades de residência.
A delicada operação do governo cubano prevê que mais quatro voos cheguem a Camagüey no fim de semana, enquanto um sexto chegará no domingo a Santiago de Cuba, a 900 km da capital.
Dada a escassez em Cuba, estes viajantes, que se autodenominam "turistas de compras", são os principais clientes do mercado Hippolyte, localizado no coração de Porto Príncipe.
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