Steve Young, de 52 anos, é um dos primeiros a receber a dose da vacinaReprodução/Redes sociais
Publicado 27/04/2024 14:02
Rio - A Fundação Hospitals NHS Trust da University College London (UCLH) anunciou que a vacina que pode prevenir a recorrência do melanoma, tipo mais grave do câncer de pele, começou a ser testada em humanos. Um dos primeiros a receber a dose é o músico britânico Steve Young, de 52 anos, que já teve a doença em estágio II. O imunizante é produzido pela Moderna, em colaboração com outra empresa farmacêutica, a MSD.
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"Sinto-me sortudo por fazer parte deste ensaio clínico. É claro que não me senti tão sortudo quando fui diagnosticado com câncer de pele; na verdade, foi um grande choque, mas agora que fiz tratamento, estou ansioso para garantir que não volte a ocorrer. Esta é a minha melhor chance de parar o câncer", diz Steve. 
A UCLH afirma que "muito do aprendizado veio do desenvolvimento da pesquisa sobre a Covid e agora está contribuindo para novos tratamentos para pacientes com câncer". Os resultados das fases anteriores indicaram uma diminuição de 44% na ocorrência de reincidência ou morte pelo câncer após a remoção cirúrgica.
Basicamente, as vacinas de RNA ensinam o seu corpo a se defender do vírus, para que, quando você for exposto a ele, seu sistema imunológico já saiba como reagir. A oncologista Heather Shaw, investigadora coordenadora nacional deste novo ensaio, afirma: “A ideia por trás desta imunoterapia é que, ao estimular o corpo a produzir essas proteínas, ele pode preparar o sistema imunológico para identificar e atacar rapidamente quaisquer células cancerígenas que as contenham, com o objetivo de prevenir a recorrência do melanoma.”
Taxas crescentes
O melanoma é caracterizado pelo crescimento descontrolado de células produtoras de pigmentos. As taxas desse tipo de câncer têm aumentado nas últimas décadas, com quase 325.000 novos casos diagnosticados em todo o mundo em 2020, de acordo com a UCLH.
No Reino Unido, o melanoma é o quinto tipo de cancro mais comum, sendo responsável por cerca de 8.400 novos casos todos os anos.
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