Pedro Sánchez, primeiro-ministro da EspanhaReprodução
Publicado 29/04/2024 07:18
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (29) que permanecerá à frente do Executivo, depois de ameaçar renunciar devido ao assédio pessoal que afirma sofrer da oposição.
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"Decidi continuar, continuar com ainda mais força, se possível", afirmou Sánchez em uma mensagem ao país no Palácio da Moncloa.
O anúncio acaba com o cenário de incerteza que começou na quarta-feira (24) da semana passada, quando Sánchez disse que teria alguns dias para refletir sobre a renúncia, depois de criticar o "assédio" da direita e da extrema-direita contra sua família, após a divulgação da abertura de uma investigação judicial contra sua esposa, Begoña Gómez, por suposta "corrupção".
"Assumo diante de vocês o meu compromisso de trabalhar sem descanso, com firmeza e com serenidade pela regeneração pendente da nossa democracia", acrescentou o líder socialista, que permaneceu em total silêncio nos últimos dias, sem revelar pistas sobre a sua decisão.
As manifestações em Madri e outras regiões da Espanha no fim de semana "influenciaram decisivamente a minha reflexão", declarou Sánchez, que, com o anúncio desta segunda-feira, acabou com a possibilidade de novas eleições, apenas um ano após as últimas legislativas.
Sánchez, 52 anos, está à frente do governo espanhol desde 2018, com três mandatos distintos, depois de estabelecer alianças parlamentares com a extrema-esquerda ou com os nacionalistas catalães e bascos.
"Há apenas uma maneira de reverter esta situação", disse, em referência ao que considera uma degeneração do debate político, "que a maioria social, como fez nestes cinco dias, se mobilize em uma aposta determinada pela dignidade e o bom senso".
Desta forma, seria possível impor um "freio à política da vergonha que sofremos há muito tempo, porque isto não envolve o destino de um dirigente determinado, isso é o de menos, trata-se de decidir que tipo de sociedade queremos ser".
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