Cartaz com a frase 'tirem eles do inferno' com a foto de reféns durante protesto em IsraelJack Huez / AFP
Publicado 29/04/2024 18:16
Os familiares de dois reféns israelenses vistos no sábado em um vídeo difundido pelo Hamas, pediram, nesta segunda-feira (29), sua libertação imediata, quando renascem as esperanças de uma trégua na Faixa de Gaza.
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"Sabemos que é possível um acordo. Israel, Egito, Catar e Estados Unidos, temos confiança em vocês e pedimos que façam o que for possível para trazer de volta nossos familiares agora!", declarou Elan Siegel, filha de Keith Siegel, em coletiva de imprensa em Tel Aviv na "praça dos reféns".
Seu pai, de 64 anos, foi sequestrado em 7 de outubro durante o ataque realizado pelo Hamas em território israelense. Ele aparece em um vídeo difundido no sábado pelo movimento islamista palestino, ao lado de outro refém, Omri Miran, de 47 anos.
"Estamos perdendo gente que ainda está viva e não há tempo a perder", acrescentou Elan Siegel, ao lado de sua mãe Aviva Siegel, também sequestrada em 7 de outubro, mas libertada em uma trégua em novembro.
"Alma passou mais dias sem seu pai do que com ele, vendo-o apenas em fotos e posters", disse, por sua vez, Lishay Lavi-Miran, esposa de Omri Miran, ao se referir a sua filha de um ano.
Uma reunião está prevista nesta segunda no Cairo, a capital egípcia, entre representantes de Egito, Catar, países mediadores com os Estados Unidos, e Hamas, que dará sua resposta a uma proposta negociada entre Israel e Egito.
"Uma oferta muito generosa de cessar-fogo de 40 dias, libertação de milhares de presos palestinos em troca da libertação dos reféns" foi apresentada ao Hamas, declarou nesta segunda em Riade o chefe da diplomacia britânica, David Cameron.
A guerra explodiu em 7 de outubro, com o ataque sem precedentes de comandos do Hamas no sul de Israel, no qual morreram 1.170 pessoas, sobretudo civis, segundo uma estimativa baseada em dados oficiais.
Os islamistas sequestraram 250 pessoas e 129 continuam retidas em Gaza, das quais umas 34 teriam morrido, segundo as autoridades israelenses.
Como represália, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, no poder em Gaza desde 2007, e lançou uma campanha militar contra o território que até agora deixou 34.488 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do governo islamista.
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