Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de IsraelAmir Cohen / AFP
Publicado 15/05/2024 17:57 | Atualizado 15/05/2024 17:58
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pressionou o Egito, nesta quarta-feira (15), para que reabra a passagem fronteiriça de Rafah, sugerindo que o Cairo mantém a população de Gaza como "refém" ao não trabalhar com Israel na entrada crucial de ajuda.
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Suas declarações chegam um dia depois que o Egito, o primeiro país árabe a firmar um tratado de paz com Israel e anfitrião das negociações fracassadas para um cessar-fogo e a libertação de reféns, acusou Israel de negar sua responsabilidade pela crise humanitária em Gaza.
A passagem de Rafah, fronteiriça com o Egito e principal porta de entrada de mercadorias e pessoas em Gaza, está fechada desde que Israel afirmou, em 7 de maio, que havia tomado o recinto do movimento islamista palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Mais de um milhão de palestinos deslocados pelo conflito entre Israel e Hamas, que começou em 7 de outubro de 2023, têm buscado refúgio nessa cidade.
Em uma entrevista ao canal americano de notícias financeiras CNBC, Netanyahu afirmou que Israel apoiava "fluxos máximos de ajuda humanitária" através da passagem de Rafah. "Queremos vê-la aberta", afirmou. E acrescentou: "Espero que possamos chegar a um entendimento" com o Egito.
Netanyahu disse que a passagem poderia ter sido aberta "ontem" se dependesse de Israel. "Não é nosso problema. Não estamos atrasando a abertura de Rafah", declarou.
"Espero que o Egito considere o que estou dizendo agora", acrescentou. "Ninguém deveria tomar como refém a população palestina de nenhuma maneira e eu não a estou tomando como refém. Acho que ninguém deveria fazer isso", frisou.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, disse na terça-feira que o controle israelense da passagem expunha os trabalhadores humanitários e os caminhoneiros a "perigos iminentes".
Shoukry afirmou que Israel era "o único responsável pela catástrofe humanitária" em Gaza, onde as Nações Unidas alertam para o risco de uma crise de fome generalizada.
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