Publicado 16/05/2024 09:40
O Exército de Israel anunciou nesta quinta-feira (16) as mortes por 'fogo amigo' de cinco soldados durante combates no norte da Faixa de Gaza, em um momento de grande polêmica no gabinete de guerra sobre o futuro governo do território palestino.
Na quarta-feira à noite, um tanque de uma unidade de blindados que operava ao lado de militares no campo de refugiados de Jabalya disparou dois projéteis contra o prédio onde estavam os soldados, segundo o Exército.
Os disparos atingiram 12 militares: cinco morreram e sete ficaram feridos. De acordo com a investigação do Exército, algumas horas antes as equipes que estavam nos blindados foram avisadas sobre a presença de soldados no edifício.
Nesta quinta-feira, o governo dos Estados Unidos anunciou que suas tropas concluíram a instalação de um cais temporário em uma praia da Faixa de Gaza, com o objetivo de facilitar a entrada de ajuda humanitária.
A ajuda humanitária deve "começar a desembarcar nos próximos dias", anunciou o Comando Militar americano para o Oriente Médio (Centcom) na rede social X. A carga será entregue à ONU, que "coordenará a distribuição".
O cais, que custou pelo menos 320 milhões de dólares, é parte dos esforços internacionais para driblar as restrições de acesso terrestre à Faixa de Gaza impostas por Israel, um aliado próximo de Washington.
O conflito começou com o ataque do Hamas em 7 de outubro contra o sul de Israel, que provocou a morte de mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
As represálias militares de Israel deixaram pelo menos 35.272 mortos, também civis em sua maioria, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas.
Reunião de líderes árabes
PublicidadeNa quarta-feira à noite, um tanque de uma unidade de blindados que operava ao lado de militares no campo de refugiados de Jabalya disparou dois projéteis contra o prédio onde estavam os soldados, segundo o Exército.
Os disparos atingiram 12 militares: cinco morreram e sete ficaram feridos. De acordo com a investigação do Exército, algumas horas antes as equipes que estavam nos blindados foram avisadas sobre a presença de soldados no edifício.
Nesta quinta-feira, o governo dos Estados Unidos anunciou que suas tropas concluíram a instalação de um cais temporário em uma praia da Faixa de Gaza, com o objetivo de facilitar a entrada de ajuda humanitária.
A ajuda humanitária deve "começar a desembarcar nos próximos dias", anunciou o Comando Militar americano para o Oriente Médio (Centcom) na rede social X. A carga será entregue à ONU, que "coordenará a distribuição".
O cais, que custou pelo menos 320 milhões de dólares, é parte dos esforços internacionais para driblar as restrições de acesso terrestre à Faixa de Gaza impostas por Israel, um aliado próximo de Washington.
O conflito começou com o ataque do Hamas em 7 de outubro contra o sul de Israel, que provocou a morte de mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
As represálias militares de Israel deixaram pelo menos 35.272 mortos, também civis em sua maioria, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas.
Reunião de líderes árabes
A guerra em Gaza será o tema central da reunião de cúpula de governantes árabes nesta quinta-feira no Bahrein.
Em um encontro convocado em caráter de emergência em novembro na Arábia Saudita, poucas semanas após o início do conflito, os chefes de Estado e de Governo da região condenaram a ofensiva israelense, mas não aprovaram sanções.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse na quarta-feira que o movimento islamista decidirá com outras facções palestinas como governar Gaza após a guerra com Israel.
"Falamos que o Hamas está aqui para durar (...) e corresponderá ao movimento e a todas as facções nacionais (palestinas) decidir sobre a forma de governo em Gaza", declarou Haniyeh em um discurso exibido na televisão. O Hamas governa Gaza desde 2007.
Ele acrescentou que o futuro das negociações sobre um cessar-fogo é incerto porque Israel "insiste em ocupar a passagem de Rafah e ampliar a agressão" no território palestino.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se recusa a falar sobre o pós-guerra antes de derrotar o grupo islamista.
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou na quarta-feira que se opõe a que seu país tenha qualquer responsabilidade, militar ou civil, no governo de Gaza após a guerra.
África do Sul na CIJ
Em um encontro convocado em caráter de emergência em novembro na Arábia Saudita, poucas semanas após o início do conflito, os chefes de Estado e de Governo da região condenaram a ofensiva israelense, mas não aprovaram sanções.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse na quarta-feira que o movimento islamista decidirá com outras facções palestinas como governar Gaza após a guerra com Israel.
"Falamos que o Hamas está aqui para durar (...) e corresponderá ao movimento e a todas as facções nacionais (palestinas) decidir sobre a forma de governo em Gaza", declarou Haniyeh em um discurso exibido na televisão. O Hamas governa Gaza desde 2007.
Ele acrescentou que o futuro das negociações sobre um cessar-fogo é incerto porque Israel "insiste em ocupar a passagem de Rafah e ampliar a agressão" no território palestino.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se recusa a falar sobre o pós-guerra antes de derrotar o grupo islamista.
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou na quarta-feira que se opõe a que seu país tenha qualquer responsabilidade, militar ou civil, no governo de Gaza após a guerra.
África do Sul na CIJ
A Corte Internacional de Justiça (CIJ) escutará nesta quinta-feira os argumentos da África do Sul, que pede o fim imediato da incursão israelense na cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, que o país africano considera uma operação "genocida" que ameaça "a sobrevivência dos palestinos".
Israel, que nega as acusações sul-africanas, responderá na sexta-feiras.
Em uma sentença emitida em janeiro, a CIJ ordenou a Israel que fizesse tudo que fosse possível para evitar atos de genocídio e permitisse a entrada de ajuda humanitária em Gaza, mas não pediu um cessar-fogo.
Netanyahu afirmou que Israel evitou uma "catástrofe humanitária" em Rafah, alegando que "quase meio milhão de pessoas" deixaram a cidade, onde o Exército israelense executa operações desde 7 de maio.
Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), "600.000 pessoas fugiram de Rafah desde a intensificação das operações militares".
A operação e suas consequências para os civis preocupam a comunidade internacional. A União Europeia pediu na quarta-feira a Israel o "fim imediato" da operação em Rafah devido ao risco de "prejudicar gravemente" a relação bilateral.
Na Cisjordânia ocupada, onde a guerra em Gaza exacerbou a violência, três pessoas morreram em ações do Exército israelense, anunciaram fontes palestinas nesta quinta-feira.
O Hezbollah libanês anunciou que disparou dezenas de foguete Katyusha contra posições militares israelenses em represália aos ataques aéreos noturnos contra suas posições no leste do Líbano.
Israel, que nega as acusações sul-africanas, responderá na sexta-feiras.
Em uma sentença emitida em janeiro, a CIJ ordenou a Israel que fizesse tudo que fosse possível para evitar atos de genocídio e permitisse a entrada de ajuda humanitária em Gaza, mas não pediu um cessar-fogo.
Netanyahu afirmou que Israel evitou uma "catástrofe humanitária" em Rafah, alegando que "quase meio milhão de pessoas" deixaram a cidade, onde o Exército israelense executa operações desde 7 de maio.
Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), "600.000 pessoas fugiram de Rafah desde a intensificação das operações militares".
A operação e suas consequências para os civis preocupam a comunidade internacional. A União Europeia pediu na quarta-feira a Israel o "fim imediato" da operação em Rafah devido ao risco de "prejudicar gravemente" a relação bilateral.
Na Cisjordânia ocupada, onde a guerra em Gaza exacerbou a violência, três pessoas morreram em ações do Exército israelense, anunciaram fontes palestinas nesta quinta-feira.
O Hezbollah libanês anunciou que disparou dezenas de foguete Katyusha contra posições militares israelenses em represália aos ataques aéreos noturnos contra suas posições no leste do Líbano.
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