Publicado 17/05/2024 17:31
O presidente argentino, Javier Milei, classificou o socialismo como "satânico" e "cancerígeno" nesta sexta-feira (17), no primeiro dia de uma visita à Espanha na qual foi criticado pela número três do Governo espanhol.
"Não deixemos que o lado obscuro, satânico, atroz, assustador, cancerígeno, que é o socialismo, nos vença", disse o líder ultraliberal em uma palestra sobre seu livro, "El camino del libertario".
Durante a conversa, o presidente garantiu que suas políticas estão redirecionando a Argentina após "um declínio de mais de 100 anos".
Milei não respondeu às declarações da número três do governo espanhol, Yolanda Díaz, que o criticou horas antes.
"Não são muitos os geradores do ódio, mas fazem um enorme barulho e inundam tudo. Milei e outros governos do ódio voltam com os cortes e o autoritarismo", disse a segunda vice-presidente do governo em uma cerimônia no Ministério do Trabalho, do qual é titular.
Díaz é lider do Sumar, plataforma da esquerda radical e parceira da coalizão governamental socialista.
Em visita à Espanha, a agenda de Milei não incluiu um encontro com o rei Filipe VI, que assistiu à sua posse, nem com o presidente do Governo, Pedro Sánchez, em consonância com a frieza das relações atuais entre os governos de ambos os países.
Em sua primeira viagem ao país desde que tomou posse em dezembro, Milei se encontrará com empresários no sábado. Segundo a imprensa espanhola, estarão presentes na reunião dirigentes dos bancos Santander e BBVA, da empresa de telecomunicações Telefónica e da companhia aérea Iberia, entre outros.
No domingo, Milei será o convidado especial de um comício do partido de extrema direita Vox, liderado por Santiago Abascal, no qual também estarão presentes figuras relevantes da direita e que levou à convocação de manifestações em Madri durante o fim de semana.
Rodeado de aliados
Publicidade"Não deixemos que o lado obscuro, satânico, atroz, assustador, cancerígeno, que é o socialismo, nos vença", disse o líder ultraliberal em uma palestra sobre seu livro, "El camino del libertario".
Durante a conversa, o presidente garantiu que suas políticas estão redirecionando a Argentina após "um declínio de mais de 100 anos".
Milei não respondeu às declarações da número três do governo espanhol, Yolanda Díaz, que o criticou horas antes.
"Não são muitos os geradores do ódio, mas fazem um enorme barulho e inundam tudo. Milei e outros governos do ódio voltam com os cortes e o autoritarismo", disse a segunda vice-presidente do governo em uma cerimônia no Ministério do Trabalho, do qual é titular.
Díaz é lider do Sumar, plataforma da esquerda radical e parceira da coalizão governamental socialista.
Em visita à Espanha, a agenda de Milei não incluiu um encontro com o rei Filipe VI, que assistiu à sua posse, nem com o presidente do Governo, Pedro Sánchez, em consonância com a frieza das relações atuais entre os governos de ambos os países.
Em sua primeira viagem ao país desde que tomou posse em dezembro, Milei se encontrará com empresários no sábado. Segundo a imprensa espanhola, estarão presentes na reunião dirigentes dos bancos Santander e BBVA, da empresa de telecomunicações Telefónica e da companhia aérea Iberia, entre outros.
No domingo, Milei será o convidado especial de um comício do partido de extrema direita Vox, liderado por Santiago Abascal, no qual também estarão presentes figuras relevantes da direita e que levou à convocação de manifestações em Madri durante o fim de semana.
Rodeado de aliados
As declarações de Díaz ocorrem depois de o ministro dos Transportes espanhol, Óscar Puente, cometer o "erro" - segundo suas próprias palavras após um pedido de desculpas -, de afirmar que Milei havia ingerido "substâncias" antes de um discurso.
O governo argentino emitiu um duro comunicado condenando tal declaração e atacando Sánchez por colocar "a classe média em perigo com suas políticas socialistas que apenas trazem pobreza e morte".
Mas após o pedido de desculpas de Puente, o tema ficou "resolvido" e "esquecido", afirmou o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, em 6 de maio.
O mandatário argentino será recebido com destaque no evento 'Europa Viva 24', descrito pelo Vox como uma "convenção de patriotas europeus" antes das eleições europeias em 9 de junho. Também contará com a presença da francesa Marine Le Pen e do chileno José Antonio Kast e participações em vídeo da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e de seu contraparte húngaro, Viktor Orban.
Milei possui boas relações com Abascal e comemorou na rede social X quando o evento foi anunciado pelo político espanhol. "Estarei aí com você novamente querido AMIGO...!!!", escreveu.
O presidente retornará à Argentina no domingo, após o evento.
'Certa deterioração'
O governo argentino emitiu um duro comunicado condenando tal declaração e atacando Sánchez por colocar "a classe média em perigo com suas políticas socialistas que apenas trazem pobreza e morte".
Mas após o pedido de desculpas de Puente, o tema ficou "resolvido" e "esquecido", afirmou o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, em 6 de maio.
O mandatário argentino será recebido com destaque no evento 'Europa Viva 24', descrito pelo Vox como uma "convenção de patriotas europeus" antes das eleições europeias em 9 de junho. Também contará com a presença da francesa Marine Le Pen e do chileno José Antonio Kast e participações em vídeo da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e de seu contraparte húngaro, Viktor Orban.
Milei possui boas relações com Abascal e comemorou na rede social X quando o evento foi anunciado pelo político espanhol. "Estarei aí com você novamente querido AMIGO...!!!", escreveu.
O presidente retornará à Argentina no domingo, após o evento.
'Certa deterioração'
"Há atitudes conflitantes de ambos as partes que aceleram uma certa deterioração" sobre as relações entre Argentina e Espanha, disse Carlos Malamud, especialista em América Latina do Real Instituto Elcano, um centro de pesquisa espanhol.
Entre elas, citou o apoio de Sánchez a Massa na campanha eleitoral e esta visita de Milei à Espanha sem reunir-se com as autoridades máximas do país.
"Há muito em jogo na relação hispano-argentina para que ambas as partes não trabalhem um pouco mais para manter seus níveis tradicionais, caracterizados por uma grande intensidade em todas as áreas", acrescentou Malamud em uma nota de análise publicada em abril.
Entre elas, citou o apoio de Sánchez a Massa na campanha eleitoral e esta visita de Milei à Espanha sem reunir-se com as autoridades máximas do país.
"Há muito em jogo na relação hispano-argentina para que ambas as partes não trabalhem um pouco mais para manter seus níveis tradicionais, caracterizados por uma grande intensidade em todas as áreas", acrescentou Malamud em uma nota de análise publicada em abril.
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