As mulheres foram resgatadas na última sexta-feira (17)Divulgação / Fiscalía General del Estado de Quintana Roo
Publicado 22/05/2024 16:18
Um grupo com 15 mulheres argentinas e duas mexicanas foi resgatado na última sexta-feira (17) de uma rede de tráfico que as explorava sexualmente em praias mexicanas. As informações foram publicadas no jornal argentino "La Nación". O procedimento para resgatar as vítimas, forçadas a se prostituir, foi realizado pela Procuradoria Especializada no Combate ao Crime de Tráfico de Pessoas do México.
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Segundo o Ministério de Segurança da Argentina, as mulheres deste país foram recrutadas através do Facebook e WhatsApp com ofertas de emprego falsas em hotéis de luxo em Cancún, Tulum e Playa del Carmen, destinos de alto padrão no México. As vítimas eram recebidas no Aeroporto de Cancún e levadas para trabalhar, de forma forçada, em um bar chamado La Consentida.
Uma das jovens da Argentina conseguiu escapar e mandou, pelo WhatsApp, uma mensagem anônima para a Procuradoria Geral do estado mexicano de Quintana Roo. As autoridades chegaram três dias depois. A ação foi comunicada através das redes sociais.
"Promotores, me ajudem. Quero denunciar que fugi de um inferno ou, como dizem aqui, um bar chamado La Consentida, onde me prostituíam contra minha vontade. Não conheço esta cidade porque sou da Argentina, mas sei que as ruas são Constituyentes e Carretera Federal. Peço que ocultem meu telefone porque temo por minha vida. Há três meninas de 12 ou 13 anos. Elas estão sendo prostituídas, é horrível. Somos 15 meninas a quem tiraram os passaportes, mas consegui escapar. Por favor, nos ajudem", dizia a mensagem.
A promotoria do México investiga a existência de uma rede de aliciamento de jovens em situação de vulnerabilidade.
Agora, as investigações das autoridades da Argentina focam em quem recrutou as 15 mulheres. "Nosso compromisso contra o tráfico é frontal, assim como contra as máfias de narcotraficantes. De fato, em muitos casos, os mesmos narcotraficantes operam redes de tráfico e tráfico de pessoas", afirmou Patricia Bullrich, ministra da Segurança do país.
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