Mulher segura cartaz com 'tragam eles de volta pra casa agora' durante protesto em Jerusável na quarta-feira (22)Ahmad Gharbali / AFP
Publicado 24/05/2024 10:35 | Atualizado 24/05/2024 10:48
Mais de sete meses depois do ataque do movimento islamista palestino Hamas em Israel, no qual morreram 1.170 pessoas e mais de 250 foram sequestradas, 121 reféns permanecem em cativeiro em Gaza, segundo dados compilados pela AFP.

Do total de sequestrados, 112 foram libertados com vida e 19 corpos foram repatriados. Entre os que permanecem em cativeiro, 84 estão vivos e as autoridades israelenses suspeitam que 37 estão mortos.

As autoridades israelenses não divulgaram os nomes dos reféns em cativeiro, mas a AFP os identificou, graças principalmente à sua rede de jornalistas, em contato constante com as famílias dos reféns, e à imprensa israelense.

Os números abaixo se baseiam nos dados compilados pela AFP.

112 libertados, 19 corpos repatriados 
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Até agora, das 252 pessoas que foram sequestradas, algumas já mortas quando levadas ao território palestino, 121 continuam nas mãos do Hamas e aliados, segundo números recentes das autoridades israelenses, e 112 foram libertadas com vida.

Entre os libertados, há 33 menores, 49 mulheres e 30 homens, em sua maioria agricultores tailandeses. A maioria foi libertada em novembro durante uma trégua de uma semana na guerra entre Israel e Hamas, que eclodiu após o ataque de 7 de outubro, em troca de palestinos em prisões israelenses.

Israel repatriou corpos de 19 reféns, incluindo o franco-mexicano Orión Hernández Radoux, de 32 anos, e o israelense-brasileiro Michel Nisembaum, de 59, e três que morreram confundidos pelo Exército de Israel com combatentes do Hamas.

Também foi recuperado o corpo de Shani Louk, de 22 anos e dupla nacionalidade, alemã e israelense, que aparece em um vídeo gravado em 7 de outubro deitada de bruços na traseira de um veículo com homens armados.

84 vivos e 37 mortos continuam em Gaza 
Há 84 reféns que podem estar vivos em Gaza: 77 israelenses – alguns com mais de uma nacionalidade -, seis tailandeses e um nepalês. Além disso, os corpos de 37, incluindo 25 que morreram nos ataques e cujos corpos foram levados para a Faixa de Gaza, continuam retidos.

O Hamas anunciou várias mortes não confirmadas por Israel, incluindo a do bebê Kfir Bibas, que tinha nove meses quando foi raptado no kibutz de Nir Oz com a mãe Shiri, de 32 anos, e o irmão de quatro anos, Ariel. Mais recentemente, anunciou a morte do israelense-britânico Nadav Popplewell, de 51 anos.

Kfir Bibas, o mais jovem em cativeiro, tornou-se um símbolo da situação dos reféns em Israel. O Hamas afirmou que os três – o bebê, a mãe e o irmão – foram mortos em um bombardeio israelense em Gaza.

O marido de Shiri e pai das crianças, Yarden Bibas, 34 anos, também foi sequestrado. Os pais de Shiri, Yossi e Margit Silberman, da Argentina e do Peru, morreram no incêndio de sua casa em Nir Oz.

Além de Kfir e Ariel, não há outros reféns menores em Gaza.

Onze soldados
Além de Shiri Bibas, cuja situação é incerta, treze mulheres, entre 18 e 39 anos, podem estar vivas nas mãos de militantes islamistas.

Entre elas, cinco mulheres de 18 e 19 anos, que cumpriam serviço militar quando foram raptadas, foram excluídas da troca por prisioneiros em novembro por serem militares.

Na quarta-feira, o Fórum de Familiares de Reféns divulgou um vídeo que mostra o sequestro das cinco militares em 7 de outubro. A elas se somam seis militares homens entre 18 e 22 anos, em serviço militar durante o ataque. Também há 71 homens em cativeiro que estariam vivos.

Sobreviventes do festival
Entre os reféns sobreviventes em Gaza, ao menos 26 foram sequestrados durante o ataque ao festival de música Nova, com público de 3.000 pessoas. Apenas cinco foram libertados com vida em novembro. Além dos reféns, uma pessoa continua desaparecida, segundo as autoridades.
 
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