Chefe da diplomacia da UE, Josep BorrellTwitter/Reprodução
Publicado 24/05/2024 14:08 | Atualizado 24/05/2024 14:09
A União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reagiram fortemente, nesta sexta-feira, 24, à remoção das boias de demarcação da fronteira fluvial entre a Rússia e a Estônia, um incidente ocorrido na véspera que prejudicou ainda mais as relações entre os dois países.
Publicidade
O governo da Estônia afirmou na quinta-feira, 23, que guardas russos retiraram unilateralmente as boias que delimitam a fronteira no rio Narva.
Em um comunicado, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, disse que o que aconteceu “faz parte de um padrão mais amplo de comportamento provocativo e ações híbridas por parte da Rússia”. “Tais ações são inaceitáveis”, criticou Borrell.
Por sua vez, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou na rede social X que a aliança militar é “solidária com a aliada Estônia face a qualquer ameaça à sua soberania”.
A Rússia questionou em diversas ocasiões a localização de aproximadamente metade dessas boias no rio Narva, usadas para evitar que navios se desviem acidentalmente para as águas do outro país.
A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, anunciou que o seu país ainda tenta esclarecer a situação com a Rússia.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores do país báltico informou que tratava o episódio como um “incidente fronteiriço provocativo”.
A Estônia fez parte da União Soviética durante meio século e, desde a sua independência em 1991, as relações com Moscou têm sido difíceis, uma situação que se agravou depois que o pequeno Estado aderiu à UE e à Otan em 2004.
As tensões aumentaram dramaticamente em 2022 após a invasão russa à Ucrânia, com a Estônia adotando um tom altamente crítico em relação a Moscou.
Em fevereiro deste ano, o site do Ministério do Interior russo anunciou que o governo havia lançado um mandado de busca contra Kallas por “insultar a história" do país. Nos três países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) vivem minorias russas que Moscou diz serem oprimidas.
Leia mais