Publicado 05/06/2024 12:49
O papel da humanidade no aquecimento destrutivo do planeta é comparável ao do meteoro que destruiu os dinossauros, declarou nesta quarta-feira (5) o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelando por medidas rápidas, incluindo a proibição da propaganda de combustíveis fósseis.
“Das vastas forças que moldaram a vida na Terra ao longo de bilhões de anos, a humanidade é apenas um pequeno ponto no radar”, disse Guterres em um discurso no Museu Americano de História Natural, em Nova York.
“Mas, tal como o meteoro que eliminou os dinossauros, estamos tendo um impacto descomunal”, alertou. "No caso do clima, não somos os dinossauros. Somos o meteoro. Não estamos apenas em perigo. Somos o perigo."
O Copernicus, monitor climático da União Europeia, informou oficialmente nesta quarta-feira que maio de 2024 foi o maio mais quente já registrado na história. “Isto marca doze meses consecutivos dos meses mais quentes desde sempre”, alertou o secretário-geral da ONU
No entanto, ele observou com otimismo que os humanos “também são a solução” e apelou novamente a uma ação global para limitar o aquecimento a 1,5 grau Celsius. Essa meta, a mais ambiciosa do Acordo de Paris, que existe há quase uma década, está “por um fio”, lamentou Guterres.
A Organização Meteorológica Mundial da ONU deverá informar nesta quarta-feira que há 80% de chance de a temperatura média anual global exceder o limite de 1,5 grau em pelo menos um dos próximos cinco anos.
“A batalha por 1,5 graus será vencida ou perdida na década de 2020 – sob a vigilância dos líderes de hoje. Tudo depende das decisões que esses líderes tomarem – ou deixarem de tomar – especialmente nos próximos 18 meses”, afirmou.
Os países signatários do Acordo de Paris devem apresentar novas metas de redução das emissões de gases com efeito de estufa até o início de 2025.
Guterres apelou à humanidade para tomar uma “rota de saída da estrada para o inferno climático”, colocando um alvo específico na indústria dos combustíveis fósseis, que ele rotulou de “Poderosos Chefões do caos climático”.
O secretário-geral também denunciou os anunciantes como “facilitadores” que ajudaram as empresas de combustíveis fósseis a adiar a ação climática. “Parem de aceitar novos clientes de combustíveis fósseis a partir de hoje e estabeleça planos para abandonar os existentes”, pediu.
Guterres também instou todos os países a proibirem a propaganda de empresas de combustíveis fósseis, como muitos fizeram para “produtos que prejudicam a saúde humana – como o tabaco”.
O chefe da ONU repetiu o apelo à criação de um imposto sobre os lucros das empresas de combustíveis fósseis para financiar a luta contra o aquecimento global, ao mesmo tempo que mencionou "taxas de solidariedade" não especificadas nos setores da aviação e transporte marítimo.
Guterres também exigiu novamente que os países ricos eliminem gradualmente o carvão até 2030 e reduzam o consumo de petróleo e gás em 60% até 2035.
Publicidade“Das vastas forças que moldaram a vida na Terra ao longo de bilhões de anos, a humanidade é apenas um pequeno ponto no radar”, disse Guterres em um discurso no Museu Americano de História Natural, em Nova York.
“Mas, tal como o meteoro que eliminou os dinossauros, estamos tendo um impacto descomunal”, alertou. "No caso do clima, não somos os dinossauros. Somos o meteoro. Não estamos apenas em perigo. Somos o perigo."
O Copernicus, monitor climático da União Europeia, informou oficialmente nesta quarta-feira que maio de 2024 foi o maio mais quente já registrado na história. “Isto marca doze meses consecutivos dos meses mais quentes desde sempre”, alertou o secretário-geral da ONU
No entanto, ele observou com otimismo que os humanos “também são a solução” e apelou novamente a uma ação global para limitar o aquecimento a 1,5 grau Celsius. Essa meta, a mais ambiciosa do Acordo de Paris, que existe há quase uma década, está “por um fio”, lamentou Guterres.
A Organização Meteorológica Mundial da ONU deverá informar nesta quarta-feira que há 80% de chance de a temperatura média anual global exceder o limite de 1,5 grau em pelo menos um dos próximos cinco anos.
“A batalha por 1,5 graus será vencida ou perdida na década de 2020 – sob a vigilância dos líderes de hoje. Tudo depende das decisões que esses líderes tomarem – ou deixarem de tomar – especialmente nos próximos 18 meses”, afirmou.
Os países signatários do Acordo de Paris devem apresentar novas metas de redução das emissões de gases com efeito de estufa até o início de 2025.
Guterres apelou à humanidade para tomar uma “rota de saída da estrada para o inferno climático”, colocando um alvo específico na indústria dos combustíveis fósseis, que ele rotulou de “Poderosos Chefões do caos climático”.
O secretário-geral também denunciou os anunciantes como “facilitadores” que ajudaram as empresas de combustíveis fósseis a adiar a ação climática. “Parem de aceitar novos clientes de combustíveis fósseis a partir de hoje e estabeleça planos para abandonar os existentes”, pediu.
Guterres também instou todos os países a proibirem a propaganda de empresas de combustíveis fósseis, como muitos fizeram para “produtos que prejudicam a saúde humana – como o tabaco”.
O chefe da ONU repetiu o apelo à criação de um imposto sobre os lucros das empresas de combustíveis fósseis para financiar a luta contra o aquecimento global, ao mesmo tempo que mencionou "taxas de solidariedade" não especificadas nos setores da aviação e transporte marítimo.
Guterres também exigiu novamente que os países ricos eliminem gradualmente o carvão até 2030 e reduzam o consumo de petróleo e gás em 60% até 2035.
Os países ricos, que são historicamente mais responsáveis pelas emissões de carbono, deveriam aumentar a sua ajuda climática aos países mais pobres e em maior risco, apelou.
“Não podemos aceitar um futuro onde os ricos estejam protegidos em bolhas climatizadas, enquanto o resto da humanidade seja castigada por condições meteorológicas letais em terras inabitáveis”, disse ele.
“Não podemos aceitar um futuro onde os ricos estejam protegidos em bolhas climatizadas, enquanto o resto da humanidade seja castigada por condições meteorológicas letais em terras inabitáveis”, disse ele.
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