Publicado 05/06/2024 18:42
O júri do julgamento de Hunter Biden, filho do presidente americano, Joe Biden, por suposta posse ilegal de uma arma de fogo quando era consumidor de crack ouviu, nesta quarta-feira (5), o depoimento de sua ex-esposa, que lembrou ter encontrado um cachimbo na casa da família.
Na terça-feira, primeiro dia das argumentações iniciais do julgamento, Hunter Biden foi descrito como um consumidor pesado de drogas, que teria mentido para ocultar sua dependência quando decidiu comprar uma arma de fogo.
A ex-mulher de Hunter, Kathleen Buhle, contou, nesta quarta, que em 2015 encontrou um cachimbo para fumar crack no pórtico lateral de sua casa, e que ficou preocupada com a possibilidade de que sua filha pudesse encontrá-lo. O casal se divorciou em 2017.
Hunter Biden, o primeiro filho de um presidente americano no exercício do mandato a enfrentar um processo criminal, é acusado de posse ilegal de arma de fogo durante 11 dias em outubro de 2018 e de mentir sobre sua dependência química quando a adquiriu.
Mais cedo, a agente especial do FBI Erika Jensen contou em testemunho como os investigadores coletaram provas em um computador portátil abandonado, entre as quais estavam fotos que aparentemente mostravam drogas. Os republicanos se valeram desta evidência para tentar desacreditar a família Biden.
Os jurados também ouviram o depoimento de Zoe Kestan, que disse ter tido um relacionamento com Hunter Biden em 2017 e 2018, no qual lembrou que ele fumava crack "mais ou menos a cada 20 minutos".
Os promotores mostraram ao júri imagens dos dois, nas quais Hunter Biden aparece com um cachimbo de vidro em uma das mãos.
Assim como nos dois dias anteriores, a primeira-dama, Jill Biden, esteve presente para apoiar o enteado no tribunal federal de Wilmington, no pequeno estado de Delaware, considerado um reduto dos Biden na Costa Leste.
O caso desviou as atenções da campanha de Biden pela reeleição frente a Donald Trump, declarado culpado há poucos dias, em uma corte de Nova York, de acusações de fraude fiscal.
O presidente, que não assiste às audiências, mas diz sentir "confiança" e "respeito pela fortaleza" do filho, visitou a França nesta quarta-feira para as comemorações pelo Dia D da Segunda Guerra Mundial, e está em meio ao lançamento de iniciativas cruciais sobre migração e a guerra em Gaza.
Dor familiar
PublicidadeNa terça-feira, primeiro dia das argumentações iniciais do julgamento, Hunter Biden foi descrito como um consumidor pesado de drogas, que teria mentido para ocultar sua dependência quando decidiu comprar uma arma de fogo.
A ex-mulher de Hunter, Kathleen Buhle, contou, nesta quarta, que em 2015 encontrou um cachimbo para fumar crack no pórtico lateral de sua casa, e que ficou preocupada com a possibilidade de que sua filha pudesse encontrá-lo. O casal se divorciou em 2017.
Hunter Biden, o primeiro filho de um presidente americano no exercício do mandato a enfrentar um processo criminal, é acusado de posse ilegal de arma de fogo durante 11 dias em outubro de 2018 e de mentir sobre sua dependência química quando a adquiriu.
Mais cedo, a agente especial do FBI Erika Jensen contou em testemunho como os investigadores coletaram provas em um computador portátil abandonado, entre as quais estavam fotos que aparentemente mostravam drogas. Os republicanos se valeram desta evidência para tentar desacreditar a família Biden.
Os jurados também ouviram o depoimento de Zoe Kestan, que disse ter tido um relacionamento com Hunter Biden em 2017 e 2018, no qual lembrou que ele fumava crack "mais ou menos a cada 20 minutos".
Os promotores mostraram ao júri imagens dos dois, nas quais Hunter Biden aparece com um cachimbo de vidro em uma das mãos.
Assim como nos dois dias anteriores, a primeira-dama, Jill Biden, esteve presente para apoiar o enteado no tribunal federal de Wilmington, no pequeno estado de Delaware, considerado um reduto dos Biden na Costa Leste.
O caso desviou as atenções da campanha de Biden pela reeleição frente a Donald Trump, declarado culpado há poucos dias, em uma corte de Nova York, de acusações de fraude fiscal.
O presidente, que não assiste às audiências, mas diz sentir "confiança" e "respeito pela fortaleza" do filho, visitou a França nesta quarta-feira para as comemorações pelo Dia D da Segunda Guerra Mundial, e está em meio ao lançamento de iniciativas cruciais sobre migração e a guerra em Gaza.
Dor familiar
Na terça, o promotor reproduziu trechos de "Beautiful Things", as memórias de Hunter Biden, gravados por ele mesmo, nos quais ele lembra momentos de sua dependência em que buscava crack desesperadamente.
"Cozinhava [o crack] e fumava. Cozinhava e fumava", diz Hunter no trecho reproduzido na corte, extraído de seu áudio-livro.
O advogado de Hunter Biden disse que seu cliente "não estava usando drogas quando comprou a arma" e que ela "nunca esteve carregada, [Hunter] nunca a transportou e nunca a usou" nos 11 dias em que a teve consigo.
Hunter, advogado formado em Yale e lobista convertido em artista, garante que não consome drogas desde 2019.
Além do impacto político, os problemas judiciais de Hunter reabriram velhas feridas familiares, resultantes de seus problemas com as drogas e de outras situações anteriores.
Seu irmão, Beau, morreu de câncer em 2015 e sua irmã, Naomi, morreu ainda criança em um acidente de carro em 1972, no qual também faleceu Neilia, a primeira esposa do presidente e mãe dos três.
Se for declarado culpado, Hunter Biden pode pegar uma pena de até 25 anos de prisão, embora se espere uma sentença mais branda, inclusive sem a prisão, por ele não ter antecedentes criminais.
A Casa Branca informou no ano passado que não haveria indulto presidencial para Hunter Biden caso fosse condenado.
O filho do presidente está há muito tempo na mira dos republicanos, que impulsionaram uma investigação exaustiva dentro do Congresso, acusando-o de corrupção e tráfico de influência, embora nunca tenham sido apesentadas acusações contra ele por isso.
Seus negócios na China e na Ucrânia também serviram de base para que os republicanos tentassem abrir processos de impeachment para destituir seu pai, mas os esforços não prosperaram.
Espera-se que o julgamento dure entre uma e duas semanas.
"Cozinhava [o crack] e fumava. Cozinhava e fumava", diz Hunter no trecho reproduzido na corte, extraído de seu áudio-livro.
O advogado de Hunter Biden disse que seu cliente "não estava usando drogas quando comprou a arma" e que ela "nunca esteve carregada, [Hunter] nunca a transportou e nunca a usou" nos 11 dias em que a teve consigo.
Hunter, advogado formado em Yale e lobista convertido em artista, garante que não consome drogas desde 2019.
Além do impacto político, os problemas judiciais de Hunter reabriram velhas feridas familiares, resultantes de seus problemas com as drogas e de outras situações anteriores.
Seu irmão, Beau, morreu de câncer em 2015 e sua irmã, Naomi, morreu ainda criança em um acidente de carro em 1972, no qual também faleceu Neilia, a primeira esposa do presidente e mãe dos três.
Se for declarado culpado, Hunter Biden pode pegar uma pena de até 25 anos de prisão, embora se espere uma sentença mais branda, inclusive sem a prisão, por ele não ter antecedentes criminais.
A Casa Branca informou no ano passado que não haveria indulto presidencial para Hunter Biden caso fosse condenado.
O filho do presidente está há muito tempo na mira dos republicanos, que impulsionaram uma investigação exaustiva dentro do Congresso, acusando-o de corrupção e tráfico de influência, embora nunca tenham sido apesentadas acusações contra ele por isso.
Seus negócios na China e na Ucrânia também serviram de base para que os republicanos tentassem abrir processos de impeachment para destituir seu pai, mas os esforços não prosperaram.
Espera-se que o julgamento dure entre uma e duas semanas.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.