Corpos foram encontrados na cidade de Jalisco, na sexta-feira (14), após denúncia de moradoresReprodução
Publicado 15/06/2024 07:54
Pelo menos 10 cadáveres que estavam enterrados em uma cova clandestina no oeste do México foram exumados até esta sexta-feira (14), informou à AFP a líder de um coletivo de busca de pessoas desaparecidas.
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"Foram localizados no domingo dois corpos completos em ossada, o trabalho de exumação continua [...] e até hoje [sexta-feira] são dez corpos em estado de ossada e alguns fragmentos", declarou Indira Navarro, líder do coletivo Guerreros Buscadores.
A descoberta do enterro clandestino ocorreu graças a denúncias de cidadãos, levando o coletivo ao terreno localizado no município de Tlajomulco de Zúñiga, parte da área metropolitana de Guadalajara, a capital do estado de Jalisco (oeste), desde o último domingo.
"Recebemos a informação do local [...] que havia um terreno com cerca de dez pessoas [sepultadas]. Outro anônimo nos disse que havia mais de 15", indicou Navarro.
Uma vez localizado o primeiro corpo, os ativistas relataram a descoberta à procuradoria estadual de Jalisco, cujo pessoal e equipe forense chegaram ao local na quarta-feira.
Desde esse dia, e com a ajuda de maquinário pesado, continuaram os trabalhos que permitiram o resgate dos 10 corpos relatados pela líder dos Guerreros Buscadores. Alguns dos cadáveres estavam envolvidos em sacos, enquanto outros haviam sido enterrados apenas com as roupas que usavam, detalhou Navarro.
A procuradoria de Jalisco ainda não informou oficialmente o número exato de pessoas encontradas na cova clandestina.
Com 14.919 casos relatados até 31 de maio, Jalisco é um dos estados mexicanos com maior número de pessoas desaparecidas, um crime atribuído principalmente ao crime organizado. Essa próspera entidade é berço do violento Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG), um dos mais poderosos do México e com presença em vários países do mundo.
Mais de 450 mil pessoas foram assassinadas e cerca de 100 mil estão desaparecidas no México desde que, no final de 2006, o governo lançou uma polêmica estratégia militar para combater os cartéis do narcotráfico.
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