Publicado 16/06/2024 19:28
A Faixa de Gaza teve neste domingo um dia de relativa calma, depois que o Exército israelense anunciou uma pausa em suas operações em uma área do sul para permitir a entrada de mais ajuda humanitária no território palestino.
Após oito meses de bombardeios intensos, a Faixa de Gaza teve um dia "quase tranquilo em comparação com os anteriores", disse o porta-voz da Defesa Civil, Mohamed Basal, acrescentando que houve bombardeios contra bairros de Gaza, no norte, e disparos de artilharia em Rafah, no extremo sul do território palestino, onde o Exército israelense iniciou uma ofensiva terrestre no mês passado.
Correspondentes da AFP informaram que o ambiente era de calma no centro e norte da Faixa de Gaza, e que houve disparos e um bombardeio em Rafah.
O Exército israelense advertiu que, apesar da "pausa tática, as hostilidades não foram encerradas no sul da Faixa de Gaza, e as operações em Rafah continuam".
A pausa diária foi anunciada um dia após a morte de 11 soldados israelenses, oito deles na explosão de uma bomba na Faixa de Gaza.
A pausa "ocorrerá das 8h às 19h (das 2h às 13h no horário de Brasília) todos os dias e até novo aviso", na área de Kerem Shalom, passagem fronteiriça no sul de Israel, para a rodovia Salahedin, em Gaza, e em direção ao norte do território palestino, disse o Exército.
A decisão foi tomada para permitir um "aumento no volume de ajuda humanitária a Gaza", após negociações com a ONU e outras organizações, afirmou o Exército em um comunicado.
'Medidas concretas'
PublicidadeApós oito meses de bombardeios intensos, a Faixa de Gaza teve um dia "quase tranquilo em comparação com os anteriores", disse o porta-voz da Defesa Civil, Mohamed Basal, acrescentando que houve bombardeios contra bairros de Gaza, no norte, e disparos de artilharia em Rafah, no extremo sul do território palestino, onde o Exército israelense iniciou uma ofensiva terrestre no mês passado.
Correspondentes da AFP informaram que o ambiente era de calma no centro e norte da Faixa de Gaza, e que houve disparos e um bombardeio em Rafah.
O Exército israelense advertiu que, apesar da "pausa tática, as hostilidades não foram encerradas no sul da Faixa de Gaza, e as operações em Rafah continuam".
A pausa diária foi anunciada um dia após a morte de 11 soldados israelenses, oito deles na explosão de uma bomba na Faixa de Gaza.
A pausa "ocorrerá das 8h às 19h (das 2h às 13h no horário de Brasília) todos os dias e até novo aviso", na área de Kerem Shalom, passagem fronteiriça no sul de Israel, para a rodovia Salahedin, em Gaza, e em direção ao norte do território palestino, disse o Exército.
A decisão foi tomada para permitir um "aumento no volume de ajuda humanitária a Gaza", após negociações com a ONU e outras organizações, afirmou o Exército em um comunicado.
'Medidas concretas'
A ONU comemorou a medida, mas pediu que ela "leve a novas ações concretas" para facilitar a entrada de ajuda humanitária, disse Jens Laerke, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).
A organização internacional tem alertado repetidamente que é difícil entregar a ajuda à população, que vive sem acesso a água, alimentos e medicamentos, devido aos combates e às restrições israelenses.
A Faixa de Gaza, sitiada por Israel, está mergulhada em uma grave crise humanitária, com 75% dos seus 2,4 milhões de habitantes deslocados pela guerra e a população ameaçada pela fome, segundo a ONU.
"A pessoa que tomou a decisão de fazer uma pausa enquanto nossos soldados caem em combate é má e estúpida", denunciou o ministro da Segurança Nacional israelense, de extrema direita, Itamar Ben Gvir.
A guerra entre Israel e o Hamas eclodiu em 7 de outubro, quando militantes do movimento islamista mataram 1.194 pessoas, a maioria civis, e sequestraram outras 251 no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
O Exército estima que 116 estejam em cativeiro em Gaza, mas acredita que 41 delas podem estar mortas.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixou pelo menos 37.337 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas desde 2007.
Enquanto os muçulmanos de todo o mundo celebram o primeiro dia do Eid al-Adha, principal festividade do islã, os palestinos da Faixa de Gaza não estão em condições de comemorar.
"Perdemos muitas pessoas, há muita destruição. Estou de luto, perdi meu filho", lamentou Um Mohammad al Katri, em um acampamento para deslocados em Jabaliya, perto de Gaza.
A organização internacional tem alertado repetidamente que é difícil entregar a ajuda à população, que vive sem acesso a água, alimentos e medicamentos, devido aos combates e às restrições israelenses.
A Faixa de Gaza, sitiada por Israel, está mergulhada em uma grave crise humanitária, com 75% dos seus 2,4 milhões de habitantes deslocados pela guerra e a população ameaçada pela fome, segundo a ONU.
"A pessoa que tomou a decisão de fazer uma pausa enquanto nossos soldados caem em combate é má e estúpida", denunciou o ministro da Segurança Nacional israelense, de extrema direita, Itamar Ben Gvir.
A guerra entre Israel e o Hamas eclodiu em 7 de outubro, quando militantes do movimento islamista mataram 1.194 pessoas, a maioria civis, e sequestraram outras 251 no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
O Exército estima que 116 estejam em cativeiro em Gaza, mas acredita que 41 delas podem estar mortas.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixou pelo menos 37.337 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas desde 2007.
Enquanto os muçulmanos de todo o mundo celebram o primeiro dia do Eid al-Adha, principal festividade do islã, os palestinos da Faixa de Gaza não estão em condições de comemorar.
"Perdemos muitas pessoas, há muita destruição. Estou de luto, perdi meu filho", lamentou Um Mohammad al Katri, em um acampamento para deslocados em Jabaliya, perto de Gaza.
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