Publicado 21/06/2024 09:02 | Atualizado 21/06/2024 09:05
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse nesta sexta-feira (21) durante uma visita a Berlim que a Alemanha "não é mais" o que era por causa da imigração.
Publicidade"Se a compararmos com o país de dez anos atrás, o sabor já não é o mesmo, o cheiro já não é o mesmo", disse Orbán à rádio húngara, referindo-se à Alemanha.
O líder nacionalista, conhecido por suas posições anti-imigração, descreveu um país completamente transformado, no qual "centenas de milhares" de imigrantes se beneficiaram da recente flexibilização das condições para obter a nacionalidade.
Outrora considerado um exemplo "para o seu povo trabalhador" e para a sua "ordem", é agora "um mundo colorido e multicultural", que tem "todos os tipos de efeitos" na sociedade, afirmou.
A Alemanha recebeu 334 mil pedidos de asilo no ano passado, mais do que qualquer outro país da União Europeia. Em 2023, as candidaturas em todos os 27 países atingiram o nível mais alto em sete anos. O paíos acolheu quase um milhão de refugiados nos últimos dois anos, muitos deles fugindo de conflitos, perseguições ou da pobreza.
Orban, que retornou ao poder em 2010 e é o líder mais longevo da UE, vangloriou-se da linha dura do seu país em relação à imigração ao dizer que havia "preservado (...) uma ilha de paz".
O país da Europa Central ergueu cercas nas suas fronteiras e restringiu a apresentação de pedidos de asilo em embaixadas no exterior. Também se recusa a contribuir para o mecanismo de solidariedade entre os Estados-membros da UE.
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