Ministro da Defesa de Israel, Yoav GallantAFP
Publicado 27/06/2024 08:26 | Atualizado 27/06/2024 13:21
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou na quarta-feira (26), durante uma visita a Washington, que seu país não quer uma guerra no Líbano, mas que pode levar este país de volta à "Idade da Pedra" em caso de fracasso da diplomacia.
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"Não queremos entrar em uma guerra porque não é bom para Israel. Temos a capacidade de levar o Líbano de volta à Idade da Pedra, mas não queremos fazê-lo", declarou o ministro no último dia da sua viagem aos Estados Unidos.
"Não queremos guerra, mas estamos nos preparando para qualquer cenário", disse. O grupo islamista "Hezbollah entende muito bem que podemos infligir grandes danos ao Líbano se uma guerra começar".
Gallant acrescentou que Israel matou mais de 400 "terroristas" do movimento apoiado pelo Irã nos últimos meses. O temor de uma guerra total no Líbano aumentou nas últimas semanas com a intensificação das trocas de tiros entre Israel e o Hezbollah.
As partes disparam projéteis contra o outro lado de maneira frequente através da fronteira desde que o ataque de 7 de outubro do Hamas, aliado do Hezbollah, no sul de Israel desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
O ministro israelense da Defesa destacou algumas horas antes que obteve "avanços significativos" sobre o envio de armas dos Estados Unidos para Israel, para a campanha militar no território palestino devastado.
Gallant relatou progressos em "vários temas", incluindo o fortalecimento das forças e o fornecimento de munições. "Os obstáculos foram eliminados", disse.
"Gostaria de agradecer à administração e ao público americano pelo seu apoio contínuo ao Estado de Israel", disse ele após se reunir com Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden.
Durante sua estadia na capital dos Estados Unidos, Gallant também se encontrou com o secretário de Estado Antony Blinken e com o secretário de Defesa Lloyd Austin.
Nos últimos dias, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou publicamente o governo dos Estados Unidos de atrasar a entrega de armas a Israel.
Washington insistiu que apenas um envio de bombas foi adiado devido ao temor de que fossem utilizadas em áreas residenciais, e que as demais entregas seguem conforme o planejado.
Gallant não forneceu mais detalhes sobre os avanços alcançados nem esclareceu se o governo Biden concordou em acelerar o envio de armas ou se deu explicações.
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