Publicado 08/07/2024 09:31
O presidente chinês, Xi Jinping, pediu às grandes potências que "criem condições" para um "diálogo" direto entre Ucrânia e Rússia, atualmente em guerra, durante uma reunião com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, em Pequim.
"A comunidade internacional deveria criar condições e oferecer assistência a ambos os lados para que o diálogo direto e as negociações possam ser retomados", disse Xi a Orbán, segundo a televisão estatal CCTV.
"Somente quando as grandes potências mostrarem energia positiva, em vez de energia negativa, haverá esperança de um cessar-fogo neste conflito", acrescentou.
O líder húngaro fez visitas surpresa à Rússia e à Ucrânia na semana passada, depois que o seu país assumiu a presidência semestral da União Europeia (UE) em 1º de julho.
A sua visita a Moscou não foi vista com bons olhos pelos seus parceiros europeus, que prestam apoio inabalável a Kiev e cortaram relações com a Rússia desde que esta invadiu a ex-república soviética em fevereiro de 2022.
Orbán, cujo país é membro da UE e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), é o único líder da UE que permaneceu próximo do Kremlin.
Tanto a China como a Hungria defendem uma solução pacífica para o conflito e mantêm diálogos com o Kremlin. Pequim e Budapeste "compartilham" fundamentalmente as mesmas ideias, disse Xi a Orbán.
"Missão de paz"
Publicidade"A comunidade internacional deveria criar condições e oferecer assistência a ambos os lados para que o diálogo direto e as negociações possam ser retomados", disse Xi a Orbán, segundo a televisão estatal CCTV.
"Somente quando as grandes potências mostrarem energia positiva, em vez de energia negativa, haverá esperança de um cessar-fogo neste conflito", acrescentou.
O líder húngaro fez visitas surpresa à Rússia e à Ucrânia na semana passada, depois que o seu país assumiu a presidência semestral da União Europeia (UE) em 1º de julho.
A sua visita a Moscou não foi vista com bons olhos pelos seus parceiros europeus, que prestam apoio inabalável a Kiev e cortaram relações com a Rússia desde que esta invadiu a ex-república soviética em fevereiro de 2022.
Orbán, cujo país é membro da UE e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), é o único líder da UE que permaneceu próximo do Kremlin.
Tanto a China como a Hungria defendem uma solução pacífica para o conflito e mantêm diálogos com o Kremlin. Pequim e Budapeste "compartilham" fundamentalmente as mesmas ideias, disse Xi a Orbán.
"Missão de paz"
Xi e Orbán já haviam mantido uma reunião privada em maio, durante uma visita de Estado do presidente chinês à Hungria.
Naquele momento, o presidente chinês elogiou a UE como uma "parceria estratégica" exemplar e apelou à Hungria para desempenhar "um papel mais importante" no "desenvolvimento" das relações entre Pequim e Bruxelas.
A atual visita a Pequim é uma "missão de paz 3.0", escreveu Orbán na rede social X.
Na Ucrânia, o primeiro-ministro húngaro reuniu-se com o presidente Volodimir Zelensky em 2 de julho e apelou a um "cessar-fogo", uma posição que vai contra a dos seus aliados europeus e ucranianos.
Zelensky rejeitou esta ideia, considerando que Moscou a utilizaria para fortalecer a sua posição no país.
Kiev exige a retirada total das tropas russas da ex-república soviética, incluindo da península da Crimeia anexada por Moscou em 2014, e o pagamento pelos danos causados desde a invasão.
A Ucrânia depende da ajuda ocidental para enfrentar a Rússia. Washington, o seu principal apoio, anunciou outros 2,3 bilhões de dólares (12,6 bilhões de reais), inclusive para sistemas de defesa aérea.
Orbán, por outro lado, opõe-se a esta ajuda e no início do ano vetou um pacote de 50 bilhões de euros da UE, que por fim foi aprovado com atraso.
"Xi Jinping apreciou os esforços de Orbán para promover uma solução política para a crise ucraniana e apresentou os pontos de vista e propostas da China", informou a CCTV.
A reunião acontece um dia antes da cúpula da Otan, que comemorará o 75º aniversário da aliança liderada pelos Estados Unidos.
Naquele momento, o presidente chinês elogiou a UE como uma "parceria estratégica" exemplar e apelou à Hungria para desempenhar "um papel mais importante" no "desenvolvimento" das relações entre Pequim e Bruxelas.
A atual visita a Pequim é uma "missão de paz 3.0", escreveu Orbán na rede social X.
Na Ucrânia, o primeiro-ministro húngaro reuniu-se com o presidente Volodimir Zelensky em 2 de julho e apelou a um "cessar-fogo", uma posição que vai contra a dos seus aliados europeus e ucranianos.
Zelensky rejeitou esta ideia, considerando que Moscou a utilizaria para fortalecer a sua posição no país.
Kiev exige a retirada total das tropas russas da ex-república soviética, incluindo da península da Crimeia anexada por Moscou em 2014, e o pagamento pelos danos causados desde a invasão.
A Ucrânia depende da ajuda ocidental para enfrentar a Rússia. Washington, o seu principal apoio, anunciou outros 2,3 bilhões de dólares (12,6 bilhões de reais), inclusive para sistemas de defesa aérea.
Orbán, por outro lado, opõe-se a esta ajuda e no início do ano vetou um pacote de 50 bilhões de euros da UE, que por fim foi aprovado com atraso.
"Xi Jinping apreciou os esforços de Orbán para promover uma solução política para a crise ucraniana e apresentou os pontos de vista e propostas da China", informou a CCTV.
A reunião acontece um dia antes da cúpula da Otan, que comemorará o 75º aniversário da aliança liderada pelos Estados Unidos.
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