Tendas destruídas e estruturas habitacionais improvisadas após um ataque militarAFP
Publicado 13/07/2024 10:17
Pelo menos 71 pessoas morreram neste sábado, 13, em um ataque israelense ao campo de deslocados de Al Mawasi, no sul da Faixa de Gaza, segundo um novo balanço do Ministério da Saúde do território.
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A área de Al Mawasi, na costa entre Rafah e Khan Younis, foi declarada "zona humanitária" por Israel, teoricamente segura para os deslocados.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNWRA) estima que cerca de 1,5 milhão de pessoas estejam em Al Mawasi, disse um porta-voz à AFP. O bombardeio deste sábado atingiu a parte que fica no setor de Khan Younis.
Em nota, o ministério denunciou um "massacre da ocupação [Israel] contra cidadãos e pessoas deslocadas" e mais de 289 feridos. O Exército israelense declarou que estava analisando esta informação.
"Ainda há muitos corpos de mártires espalhados pelas ruas, sob os escombros e ao redor das tendas dos deslocados que não podem ser acessados devido aos intensos bombardeios da ocupação", disse Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil que mencionou um "novo massacre".
As vítimas foram levadas para vários hospitais da região. O diretor do hospital kuwaitiano em Rafah, Suhaib al Hams, disse que a maioria das vítimas sofreu ferimentos graves, incluindo amputações.
Ele descreveu a situação como um "verdadeiro desastre em meio ao colapso do sistema de saúde", segundo um comunicado.
Na última semana, vários bombardeios atingiram escolas que acolhem deslocados em um período de quatro dias, causando pelo menos 49 mortes, segundo fontes em Gaza, entre elas o Hamas. Israel alegou que tinha "terroristas" como alvo.
O conflito entre o Exército israelense e o Hamas na Faixa de Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islamistas mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já matou 38.345 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas desde 2007.
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