Presidente dos EUA, Joe BidenAFP
Publicado 14/07/2024 17:20
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento na Casa Branca neste domingo (14), após se reunir com a diretora do Serviço Secreto norte-americano, Kim Cheatle e outros investigadores para falar sobre o atentado contra o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, durante comício na Pensilvânia.

De acordo com Biden, será feita uma revisão da segurança nacional do comício de Trump deste sábado (13). Ele ainda ordenou uma investigação independente sobre o ataque: “Ordenei uma revisão independente da segurança nacional no comício de ontem para avaliar exatamente o que aconteceu”, disse.
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O presidente norte-americano afirmou ainda que pediu o reforço da segurança para o republicano durante a Convenção Republicana, que está agendada para começar nesta segunda (15) e durará até quinta-feira (18), em Milwaukee, no Estado de Wisconsin, e ordenou que o Serviço Secreto forneça todos os recursos, capacidade e medidas de proteção necessárias para garantir a segurança de Trump. 

"Eu me dirigi ao chefe do Serviço Secreto para revisar todas as medidas de segurança para a Convenção Nacional Republicana, marcada para começar amanhã. Pedi uma unidade independente de segurança nacional para investigar o comício de ontem, para descobrir exatamente o que aconteceu. E nós vamos compartilhar os resultados dessa unidade independente com o povo americano", comunicou Biden. 

"Ainda não temos nenhuma informação sobre o motivo do atirador. Sabemos quem ele é", disse Biden, em pronunciamento à nação, na tarde deste domingo (14). O responsável pelos tiros foi identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, morador da Pensilvânia.

Biden pediu que não façam suposições precipitadas sobre os seus motivos ou suas filiações que teriam levado a atentar contra Trump. "Que o FBI e suas agências parceiras façam seu trabalho", destacou. Crooks estava registrado no partido republicano, mas fez doação a um grupo de apoio aos democratas.

"Não há lugar na América para este tipo de violência – ou qualquer violência. Uma tentativa de assassinato é contrária a tudo o que defendemos como nação. Não é a América e não podemos permitir que isso aconteça", afirmou o presidente dos EUA pedindo a união da nação. Ele ainda prometeu um novo pronunciamento neste domingo (14), às 21:00 ( horário de Brasília).


Ataque em comício

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump foi retirado do palco após disparos serem ouvidos. Um dos tiros acertou de raspão a orelha do magnata, que foi então protegido por seus guarda-costas. O magnata foi encaminhado ao hospital, mas já recebeu alta.
Segundo o FBI, o autor dos disparos identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto no local. Os tiros também provocaram a morte de um homem que acompanhava o comício. Além disso, outros dois espectadores, também do sexo masculino, foram socorridos em estado grave e encaminhados ao hospital. Todas as vítimas são adultas.
De acordo o órgão de investigação dos EUA, o atirador vivia no distrito de Bethel Park, na Pensilvânia. As autoridades afirmaram que coletaram amostras de DNA para identificá-lo. Ele morava a cerca de 70 km do local do atentado, e estava registrado no sistema eleitoral do estado como republicano.
De acordo com o serviço secreto, ele atirou do telhado de uma fábrica a mais de 130 metros do palco do Butler Farm Show, evento realizado há mais de 70 anos.
A polícia recuperou um fuzil AR-15 semiautomático no local do atentado, segundo a Associated Press. As autoridades acreditam que o atirador agiu sozinho. Ainda assim, a investigação tentará identificar se outras pessoas estão envolvidas no crime. O FBI afirmou que a motivação do atentado contra o ex-presidente ainda é desconhecida.

O Serviço Secreto dos EUA também disse que Trump está seguro e que medidas de proteção foram implementadas ao seu redor. Durante a madrugada deste domingo, 14, o espaço aéreo da cidade onde morava o atirador foi fechado por razões de segurança.
*Com informações da AFP e Estadão Conteúdo
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