Cápsula desenvolvida pela The Last Resort para morte assistida na Suíça Arnd Wiegmann / AFP
Publicado 17/07/2024 12:40
A cápsula de morte assistida, Sarco, pode ser utilizada pela primeira vez no final do ano na Suíça, anunciou, nesta quarta (17), a organização promotora The Last Resort. A medida é legalizada no país em condições específicas. No entanto, a região foi abalada por uma polêmica em torno de uma invenção que permite às pessoas dar fim as próprias vidas.
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Essa ferramenta de aspecto futurista chamada Sarco, de sarcófago, foi projetada para que as pessoas possam tirar a própria vida pressionando um botão que libera nitrogênio dentro da cápsula. O diretor do The Last Resort, Florian Willet, declarou que o método oferecerá "um espaço seguro para morrer pacificamente" e acrescentou que ele próprio espera utilizá-la ao final de sua vida.

"Não posso imaginar uma forma mais bonita de respirar ar sem oxigênio até cair no sono eterno", disse ele à imprensa.

A pessoa que deseja morrer deve passar primeiro por uma avaliação psiquiátrica. Uma vez que a solicitação é aprovada, a pessoa entra na cápsula, fecha a tampa e após responder uma série de perguntas aperta o botão que causará sua morte, explicou Nitschke.

Por enquanto não foi decidido a hora, data ou local do primeiro suicídio assistido, nem quem poderá ser o primeiro usuário. Questionada se isso poderia acontecer este ano, a advogada Fiona Stewart, que faz parte do conselho consultivo do The Last Resort, respondeu: “Eu diria que sim”.

Stewart disse que o único custo para o usuário seria de 18 francos suíços (valor em 108 reais na cotação atual) pelo nitrogênio.

O uso potencial da cápsula levantou uma série de questões legais e éticas na Suíça, reacendendo o debate sobre a morte assistida.
 
 
 
 
 
 
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