Publicado 26/07/2024 14:19
A mulher que denunciou dois jogadores de rugby da seleção francesa por estupro na Argentina, afirmou ter sido enganada pelos atletas que permanecem em prisão domiciliar na província de Mendoza, aguardando julgamento.
Publicidade"As provas são convincentes e reais, me enganaram desde o início, no boliche (bar) eu disse ‘não’ para ter relações sexuais", afirmou a denunciante ao jornal Uno de Mendoza, segundo breves declarações publicadas nesta sexta-feira (26).
A mulher de 39 anos acusa os franceses Hugo Auradou e Oscar Jegou, ambos de 21 anos, de terem a espancado e estuprado repetidamente no quarto de hotel que ambos ocupavam em Mendoza, para onde ela se dirigiu após terem se conhecido em um bar.
Segundo laudos forenses, a mulher apresentava pelo menos "quinze marcas ou ferimentos" no corpo. Sua advogada disse que ela foi mordida, arranhada, agredida no rosto, nos seios, nas coxas, nas costas e que tinha hematomas na cabeça.
A defesa dos jogadores de rugby refutou desde o início a versão da denunciante, afirmando que as relações sexuais foram consensuais e sem violência.
No entanto, a promotora Cecilia Bignert acusou Auradou e Jegou de "abuso sexual com acesso carnal agravado pela participação de duas pessoas", classificação dada ao crime de estupro na Argentina e que pode acarretar penas de até 20 anos de prisão.
Ambos foram presos no dia 8 de julho em Buenos Aires e transferidos para Mendoza (1.000 km a oeste). A mulher conheceu os acusados na madrugada de domingo, 7 de julho, horas depois de terem disputado um amistoso contra o time argentino de rugby, Los Pumas, naquela província.
"Não estou bem de saúde, continuo com lipotimia e desmaio todos os dias", disse a denunciante ao jornal Uno sobre o seu estado de saúde, e indicou que a sua família deveria ter recebido apoio psicológico do Ministério Público.
Disse ainda que apesar de se sentir "muito envergonhada" pelo que aconteceu, conseguiu formalizar a denúncia "no mesmo dia, oito horas após o episódio".
Os acusados aguardam audiência em que a Justiça deverá definir se continuarão em prisão domiciliar preventiva ou se poderão enfrentar o julgamento em liberdade.
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