Javier Milei (foto), Lacalle Pou e Santiago Peña conversaram sobre políticas antiterroristas.Tomas Cuesta/AFP
Publicado 01/08/2024 10:13 | Atualizado 01/08/2024 10:22
O presidente argentino, Javier Milei, agradeceu nesta quinta-feira (1º) a decisão do Brasil de assumir a custódia da embaixada da Argentina na Venezuela, onde seis cidadãos venezuelanos permanecem sob proteção, anunciou o chefe de Estado na rede social X.

"Agradeço enormemente a disposição do Brasil de assumir a custódia da Embaixada argentina na Venezuela. Também agradecemos a representação momentânea dos interesses da República Argentina e seus cidadãos", escreveu Milei.
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"Não tenho dúvidas de que em breve reabriremos a nossa Embaixada numa Venezuela livre e democrática. Os laços de amizade que unem a Argentina ao Brasil são muito fortes e históricos", continuou.
Medida ocorre após a expulsão do corpo diplomático de sete países da América Latina de Caracas pelo governo de Nicolás Maduro. O presidente, declarado vitorioso pelo órgão eleitoral do país, recusou as acusações de fraude nas urnas e optou por afastar representantes daqueles países que ecoaram as alegações da oposição.
As representações expulsas são: Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
No caso da Argentina, a expulsão de pessoal diplomático afeta também seis venezuelanos, que estão asilados na embaixada do país em Caracas.
Esses seis venezuelanos, ao que tudo indica, ficarão sob a custódia do Brasil, já que a embaixada brasileira é quem cuidará, entre outras coisas, dos imóveis onde estão as representações argentinas e peruanas. O País fará também a guarda dos arquivos e documentação mantidos nessas embaixadas e consulados.
"Hoje (quinta-feira) o corpo diplomático argentino teve que abandonar a Venezuela como represália do ditador Maduro pela condenação que fizemos da fraude que perpetraram no domingo passado", afirmou Milei.

O presidente defendeu uma normalização rápida da situação. "Não tenho dúvidas de que em breve reabriremos nossa Embaixada em uma Venezuela livre e democrática", acrescentou.

"A Venezuela respeitará assim o estipulado na Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares", completou o presidente argentino.

A chanceler argentina Diana Mondino pediu na quarta-feira em Washington "a solidariedade de todos os países para colaborar com os esforços diplomáticos e a proteção dos asilados", ao participar em uma reunião de emergência do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Os diplomatas argentinos, assim como os de outros seis países latino-americanos, devem deixar a Venezuela nesta quinta-feira, depois que foram expulsos na segunda-feira por Caracas em resposta à sua decisão de não reconhecer a proclamada vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições de domingo.
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