Bandeira da ONU na sede, em Nova YorkAFP
Publicado 02/08/2024 19:13
Dezenas de venezuelanos reivindicaram nesta sexta-feira (2), diante da sede das Nações Unidas em Nova York, ajuda da comunidade internacional para que se faça "respeitar a vontade de um povo que decidiu viver em liberdade". A oposição venezuelana sustenta que possui cópias de mais de 80% das atas de urna e que González obteve 67% dos votos.
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O candidato presidencial da oposição, Edmundo González, e a inabilitada líder opositora María Corina Machado denunciam como fraudulenta a reeleição para um terceiro mandato de seis anos de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho, que resiste a mostrar as atas da apuração dos votos que creditam sua vitória.
"Hoje clamamos à comunidade internacional e exigimos a cada governo da região que reconheça e respeite a vontade de um povo que decidiu viver em liberdade, que decidiu voltar à democracia e que reivindica a paz e a justiça que tanto merecemos", disse Erick Rozo, coordenador das ações pró-democracia em alguns estados do nordeste dos Estados Unidos.
Os venezuelanos, disse, "escolheram Edmundo González como nosso novo presidente".
Equador e Costa Rica se somaram nesta sexta-feira a Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Peru que reconhecem como ganhador Edmundo González.
Daisy Carrero, de 78 anos, diz à AFP que Venezuela "necessita o apoio de todos os venezuelanos de todas as idades", porque "nós sim temos confiança de que vamos seguir até o final e, daqui, e de qualquer país do mundo, vamos seguir apoiando" a vitória da oposição.
Alguns manifestantes, como Laura Bolívar, denunciaram a "perseguição" do regime de Maduro aos opositores e as detenções "arbitrárias" e "desaparecimentos".
"Tudo isso para reforçar um regime que leva mais de 26 anos no poder" e ao qual "mostramos em 28 de julho que não queremos mais".
"Por favor, não nos deixem sós", implorou Bolívar à comunidade internacional encarnada pelas Nações Unidas. "Não é preciso ser venezuelano para se juntar a essa causa".
Neste sábado está prevista outra manifestação na Times Square, uma das praças mais emblemáticas de Nova York, como parte de uma campanha mundial "coordenada" pela oposição a partir da Venezuela, anunciou Rozo.
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