Publicado 04/08/2024 10:37 | Atualizado 04/08/2024 10:53
Ao menos 50 pessoas morreram neste domingo, 4, em Bangladesh, em confrontos entre manifestantes que exigem a renúncia da primeira-ministra Sheikh Hasina e partidários do governo, segundo a polícia e fontes médicas.
PublicidadeEntre os mortos estão "pelo menos 14 policiais", afirmou o porta-voz da força de segurança, Kamrul Ahsan, que também citou 300 agentes feridos.
O que começou em julho como protestos contra as cotas politizadas de admissão para cargos públicos em Bangladesh transformou-se nos piores distúrbios enfrentados por Hasina em 15 anos de poder.
As tropas restabeleceram a ordem por alguns dias, mas a multidão retornou às ruas em grande número em agosto, um movimento que pretende paralisar o governo.
Milhares de pessoas lotaram neste domingo a praça Shahbagh, no centro da capital Daca, e foram registrados confrontos nas ruas em diversos pontos da cidade, assim como em outras localidades do país, informou a polícia.
"Houve confrontos entre estudantes e homens do partido governista", declarou à AFP o chefe da polícia Al Helal. Outro policial, que pediu para não ser identificado, declarou que Daca virou um "campo de batalha".
Sheikh Hasina, de 76 anos, governa o país desde 2009 e venceu as eleições pela quarta vez consecutiva em janeiro, uma votação que não teve uma oposição real.
Grupos de defesa dos direitos humanos acusam o governo de utilizar indevidamente as instituições do Estado para permanecer no poder e acabar com a oposição, inclusive por meio de execuções extrajudiciais.
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