Publicado 06/08/2024 13:25
Tim Walz foi escolhido, nesta terça-feira (6), pela candidata democrata Kamala Harris para acompanhá-la na corrida à Casa Branca em novembro, designação que confirma a carreira atípica deste ex-professor, que se tornou governador do estado de Minnesota.
Pouco conhecido fora do seu estado, este homem de sessenta anos tem se destacado nas últimas semanas pelas repetidas críticas ao ex-presidente (2017-2021) e candidato republicano Donald Trump e ao seu entorno, o qual descreve como "caras estranhos".
"Não temos medo dos caras estranhos", disse o líder democrata durante um evento de campanha. "Acredito na minha experiência como professor: os agressores não têm poder nenhum".
Este homem natural do estado de Nebraska (centro) está no mundo do ensino há muitos anos, principalmente como professor de geografia e treinador de futebol americano. Também deu aulas durante alguns meses na China, logo após os famosos protestos dissidentes na Praça Tiananmen, em Pequim, na primavera de 1989.
"O fato de poder estar em uma escola de ensino médio chinesa naquele momento crucial foi realmente essencial", confessou anos depois perante uma comissão do Congresso dos EUA, onde serviu durante 12 anos.
Quando circularam os primeiros rumores sobre a sua designação como parceiro eleitoral de Harris, alguns internautas questionaram se ambos tinham realmente a mesma idade.
"Fui supervisor de refeitório durante 20 anos. Não se faz esse trabalho sem arrancar os cabelos", respondeu o governador de 60 anos com humor em sua conta na rede social X.
Pelo aborto e contra o racismo
PublicidadePouco conhecido fora do seu estado, este homem de sessenta anos tem se destacado nas últimas semanas pelas repetidas críticas ao ex-presidente (2017-2021) e candidato republicano Donald Trump e ao seu entorno, o qual descreve como "caras estranhos".
"Não temos medo dos caras estranhos", disse o líder democrata durante um evento de campanha. "Acredito na minha experiência como professor: os agressores não têm poder nenhum".
Este homem natural do estado de Nebraska (centro) está no mundo do ensino há muitos anos, principalmente como professor de geografia e treinador de futebol americano. Também deu aulas durante alguns meses na China, logo após os famosos protestos dissidentes na Praça Tiananmen, em Pequim, na primavera de 1989.
"O fato de poder estar em uma escola de ensino médio chinesa naquele momento crucial foi realmente essencial", confessou anos depois perante uma comissão do Congresso dos EUA, onde serviu durante 12 anos.
Quando circularam os primeiros rumores sobre a sua designação como parceiro eleitoral de Harris, alguns internautas questionaram se ambos tinham realmente a mesma idade.
"Fui supervisor de refeitório durante 20 anos. Não se faz esse trabalho sem arrancar os cabelos", respondeu o governador de 60 anos com humor em sua conta na rede social X.
Pelo aborto e contra o racismo
Em janeiro de 2019, Walz tornou-se governador de Minnesota, um estado da região dos Grandes Lagos, que faz fronteira com o Canadá.
Apenas um ano depois, foi forçado a conciliar duas grandes crises: a pandemia de covid-19 e a morte de George Floyd, um homem negro que morreu sufocado sob os joelhos de um policial branco em uma escandalosa operação policial.
Minneapolis, a maior cidade daquele estado, acabou tomada por violentos protestos pela morte de Floyd, o que desencadeou um enorme movimento de manifestações antirracistas nos Estados Unidos durante muitos meses.
Os republicanos acusam o governador de ser muito frouxo em sua estratégia contra a criminalidade, enquanto os democratas elogiam seu histórico na defesa dos direitos civis, como a proteção do direito ao aborto, questão transcendente nas discussões da campanha eleitoral.
Após a decisão da Suprema Corte dos EUA, em junho de 2022, que derrubou as proteções constitucionais para o aborto, Walz se comprometeu efetivamente a transformar o seu estado em um refúgio para mulheres que buscam a interrupção assistida da gravidez.
Uma clínica, localizada no estado vizinho de Dakota do Norte – muito mais repressiva nas regulamentações – mudou-se então para o outro lado da fronteira.
Em março de 2024, ele participou com Harris da primeira visita de uma vice-presidente a uma clínica de aborto. E agora, em novembro, espera fazer história ao chegar à Casa Branca.
Apenas um ano depois, foi forçado a conciliar duas grandes crises: a pandemia de covid-19 e a morte de George Floyd, um homem negro que morreu sufocado sob os joelhos de um policial branco em uma escandalosa operação policial.
Minneapolis, a maior cidade daquele estado, acabou tomada por violentos protestos pela morte de Floyd, o que desencadeou um enorme movimento de manifestações antirracistas nos Estados Unidos durante muitos meses.
Os republicanos acusam o governador de ser muito frouxo em sua estratégia contra a criminalidade, enquanto os democratas elogiam seu histórico na defesa dos direitos civis, como a proteção do direito ao aborto, questão transcendente nas discussões da campanha eleitoral.
Após a decisão da Suprema Corte dos EUA, em junho de 2022, que derrubou as proteções constitucionais para o aborto, Walz se comprometeu efetivamente a transformar o seu estado em um refúgio para mulheres que buscam a interrupção assistida da gravidez.
Uma clínica, localizada no estado vizinho de Dakota do Norte – muito mais repressiva nas regulamentações – mudou-se então para o outro lado da fronteira.
Em março de 2024, ele participou com Harris da primeira visita de uma vice-presidente a uma clínica de aborto. E agora, em novembro, espera fazer história ao chegar à Casa Branca.
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