O fentanil é uma droga mais intensa que a heroína e provoca quase 75 mil mortes por overdose todos os anos nos EUAReprodução
Publicado 07/08/2024 08:34
A China adotará um controle reforçado da produção e comércio dos precursores químicos utilizados para desenvolver o fentanil, anunciaram Pequim e Washington após uma série de negociações para tentar conter o tráfico desta substância letal.
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A decisão de Pequim de impor controles sobre os três precursores químicos utilizados na produção deste opioide sintético representa um "valioso passo adiante", afirmou a Casa Branca.
Em um comunicado publicado esta semana, o Ministério da Segurança Pública chinês afirmou que os três químicos (4-AP, 1-boc-4-AP e Norfentanyl) foram adicionados à lista de substâncias com produção e venda submetidas a um escrutínio reforçado.
A pasta também obrigará as empresas que produzem estas substâncias a adquirir licenças especiais antes de transportá-las.
As novas regras entrarão em vigor a partir de 1º de setembro, afirmou o ministério.
Em um encontro em novembro nos Estados Unidos, o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu ao homólogo americano Joe Biden uma ação para acabar com o comércio de fentanil.
A Agência Antidrogas (DEA) do governo americano já descreveu a China como "a principal fonte de todas as substâncias relacionadas ao fentanil traficadas para os Estados Unidos".
A China negou qualquer cumplicidade no comércio mortal, destacou sua política de "tolerância zero" em relação às drogas e insistiu que a origem da crise é a dependência nos Estados Unidos.
Segundo Washington, a maioria dos precursores químicos utilizados na produção da droga são enviados da China ao México, onde são processados antes do envio para o território dos Estados Unidos.
A administração Biden também trabalha com o governo mexicano para impedir o tráfico de fentanil, uma questão que gerou tensão entre os países vizinhos.
O fentanil é uma droga muito mais intensa que a heroína e provoca quase 75 mil mortes por overdose a cada ano nos Estados Unidos.
As autoridades do país afirmam que é a principal causa de morte da sua população entre 18 e 49 anos.
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