Presidente dos EUA, Joe BidenAFP
Publicado 11/08/2024 17:29
O movimento islamista Hamas pediu, neste domingo (11), aos países mediadores que "apliquem" o plano proposto em maio pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para alcançar uma trégua com Israel em Gaza, "em vez de realizar novas negociações ou apresentar novas propostas".
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Israel aceitou na quinta-feira, quando se completaram dez meses do início da guerra, retomar as negociações indiretas sobre uma trégua e a libertação dos reféns retidos pelo Hamas em Gaza, em resposta a um apelo dos três países mediadores - Estados Unidos, Egito e Catar.
No comunicado, Hamas "pede aos mediadores que apresentem um roteiro para implementar o que foi proposto" em maio e que o movimento islamista "aceitou em 2 de julho de 2024".
Esse plano, continua o texto, é "baseado na visão de Biden e nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU".
O plano, que na época Biden atribuiu a Israel, consiste em três fases, com o objetivo de "um cessar-fogo duradouro e a libertação de todos os reféns".
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, diz que os mediadores devem "forçar o ocupante [israelense] a aplicar [esse plano], em vez de realizar mais negociações ou apresentar novas propostas que serviriam de cobertura para a agressão da 'ocupação'".
O movimento islamista cita o bombardeio israelense que matou, no último sábado, 93 palestinos, de acordo com a Defesa Civil de Gaza, entre eles mulheres e crianças, em uma escola que abrigava pessoas desalojadas, provocando uma onda de protestos internacionais.
O Exército israelense alegou que o local servia como base do Hamas e da Jihad Islâmica (outro movimento armado palestino) para "realizar ataques" contra seus soldados e disse que matou "pelo menos 19 terroristas" na operação.
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