Publicado 14/08/2024 08:36
A região russa de Belgorod se tornou a segunda no país a decretar estado de emergência nesta quarta-feira (14) devido aos intensos bombardeios das forças ucranianas, que prosseguem com sua ofensiva na região vizinha de Kursk, onde reivindicaram o controle de 74 localidades. Operação é a maior incursão de um exército estrangeiro na antiga União Soviética desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
"A situação em nossa região de Belgorod continua sendo extremamente difícil e tensa devido aos bombardeios das Forças Armadas ucranianas. Casas foram destruídas, civis morreram e ficaram feridos", escreveu o governador Viacheslav Gladkov no Telegram.
"Para garantir maior proteção à população e prestar apoio adicional às vítimas, o estado de emergência será instaurado a nível regional a partir de quarta-feira", acrescentou.
Depois de quase dois anos e meio de guerra, Kiev tenta levar o conflito ao território russo. No dia 6 de agosto, as tropas ucranianas iniciaram uma operação em larga escala na região de Kursk que surpreendeu as forças russas.
Kiev reivindica avanços em Kursk
Publicidade"A situação em nossa região de Belgorod continua sendo extremamente difícil e tensa devido aos bombardeios das Forças Armadas ucranianas. Casas foram destruídas, civis morreram e ficaram feridos", escreveu o governador Viacheslav Gladkov no Telegram.
"Para garantir maior proteção à população e prestar apoio adicional às vítimas, o estado de emergência será instaurado a nível regional a partir de quarta-feira", acrescentou.
Depois de quase dois anos e meio de guerra, Kiev tenta levar o conflito ao território russo. No dia 6 de agosto, as tropas ucranianas iniciaram uma operação em larga escala na região de Kursk que surpreendeu as forças russas.
Kiev reivindica avanços em Kursk
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu na terça-feira que há "combates difíceis e intensos" nesta zona fronteiriça, na maior incursão de um exército estrangeiro em território russo desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
"Setenta e quatro povoados estão sob o controle da Ucrânia. Inspeções e medidas de estabilização estão em andamento", publicou Zelensky no aplicativo Telegram, acrescentando que centenas de russos foram presos.
O comandante do Exército ucraniano, Oleksander Syrsky, afirmou que as tropas avançaram até três quilômetros em algumas áreas durante a terça-feira em alguns pontos e tomaram o controle de mais 40 km². A Ucrânia anunciou na segunda-feira que controlava 1.000 km² do território russo.
Do outro lado, as forças russas destacaram que haviam "desbaratado as tentativas ucranianas de penetrar profundamente" em Kursk.
O governador regional russo, Alexei Smirnov, admitiu, no entanto, que as forças do país perderam o controle de 28 localidades e disse que a operação abrange uma área de 40 km de largura e 12 km de profundidade em território russo.
Segundo cálculos de terça-feira da AFP com base em dados do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), que se baseia em fontes russas, as tropas ucranianas avançaram em uma área de 800 km².
Para efeito de comparação, a Rússia ganhou 1.360 km² de território ucraniano desde 1º de janeiro, segundo cálculos da AFP com base em dados do ISW.
"Paz justa"
"Setenta e quatro povoados estão sob o controle da Ucrânia. Inspeções e medidas de estabilização estão em andamento", publicou Zelensky no aplicativo Telegram, acrescentando que centenas de russos foram presos.
O comandante do Exército ucraniano, Oleksander Syrsky, afirmou que as tropas avançaram até três quilômetros em algumas áreas durante a terça-feira em alguns pontos e tomaram o controle de mais 40 km². A Ucrânia anunciou na segunda-feira que controlava 1.000 km² do território russo.
Do outro lado, as forças russas destacaram que haviam "desbaratado as tentativas ucranianas de penetrar profundamente" em Kursk.
O governador regional russo, Alexei Smirnov, admitiu, no entanto, que as forças do país perderam o controle de 28 localidades e disse que a operação abrange uma área de 40 km de largura e 12 km de profundidade em território russo.
Segundo cálculos de terça-feira da AFP com base em dados do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), que se baseia em fontes russas, as tropas ucranianas avançaram em uma área de 800 km².
Para efeito de comparação, a Rússia ganhou 1.360 km² de território ucraniano desde 1º de janeiro, segundo cálculos da AFP com base em dados do ISW.
"Paz justa"
"A Ucrânia não deseja anexar nenhum território da região de Kursk", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores ucraniano, Georgiy Tykhy, na terça-feira. Ele acrescentou que a operação militar cessará se Moscou aceitar uma "paz justa".
Desde fevereiro de 2022, a ex-república soviética enfrenta a invasão de Moscou, que ocupa até 20% do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia, anexada em 2014.
As negociações entre Kiev e Moscou estão bloqueadas, devido à dificuldade de conciliar as exigências de cada parte.
Zelensky disse querer elaborar um plano antes de novembro, data das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos - um aliado vital para Kiev -, que serviria de base para uma futura cúpula de paz que teria a participação do Kremlin.
O presidente russo, Vladimir Putin, impôs como condição para as negociações que Kiev ceda os territórios ocupados pelas tropas de Moscou e renunciasse à adesão à Otan, exigências inaceitáveis para os ucranianos e seus aliados ocidentais.
O líder russo acusou na segunda-feira a Ucrânia de executar a operação em Kursk para "melhorar a sua posição em futuras negociações".
Injeção de moral
Desde fevereiro de 2022, a ex-república soviética enfrenta a invasão de Moscou, que ocupa até 20% do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia, anexada em 2014.
As negociações entre Kiev e Moscou estão bloqueadas, devido à dificuldade de conciliar as exigências de cada parte.
Zelensky disse querer elaborar um plano antes de novembro, data das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos - um aliado vital para Kiev -, que serviria de base para uma futura cúpula de paz que teria a participação do Kremlin.
O presidente russo, Vladimir Putin, impôs como condição para as negociações que Kiev ceda os territórios ocupados pelas tropas de Moscou e renunciasse à adesão à Otan, exigências inaceitáveis para os ucranianos e seus aliados ocidentais.
O líder russo acusou na segunda-feira a Ucrânia de executar a operação em Kursk para "melhorar a sua posição em futuras negociações".
Injeção de moral
A incursão ucraniana forçou a fuga de mais 120 mil pessoas. Pelo menos 12 civis morreram e mais de 100 ficaram feridos, segundo as autoridades regionais russas.
Para as forças de Kiev, após meses na defensiva e cedendo território para um inimigo mais numeroso e com mais armas, a operação é uma injeção de moral.
"Não houve vitórias significativas na Ucrânia nos últimos meses. Apenas os russos estavam avançando", declarou à AFP, na condição de anonimato, um comandante das forças de Kiev na região Sumy.
Outro militar da região que participou na ofensiva disse à AFP que "os russos fugiram" quando os ucranianos entraram em Kursk. Com otimismo, ele afirma que permanecerão no território.
Para as forças de Kiev, após meses na defensiva e cedendo território para um inimigo mais numeroso e com mais armas, a operação é uma injeção de moral.
"Não houve vitórias significativas na Ucrânia nos últimos meses. Apenas os russos estavam avançando", declarou à AFP, na condição de anonimato, um comandante das forças de Kiev na região Sumy.
Outro militar da região que participou na ofensiva disse à AFP que "os russos fugiram" quando os ucranianos entraram em Kursk. Com otimismo, ele afirma que permanecerão no território.
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